Judiciário

Advogado é denunciado por tentar matar namorada com barra de ferro em Cuiabá

Segundo o MPE, o advogado estava drogado e tentou matar a namorada, com quem estava há 12 anos, após ela não aceitar manter relação sexual

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Advogado é denunciado por tentar matar namorada com barra de ferro em Cuiabá
(Foto: reprodução / MPE MT)

O Ministério Público Estadual de Mato Grosso divulgou ontem (30) que um advogado de Cuiabá, que está preso desde o dia 18 deste mês acusado de tentar matar a namorada com golpes de barra de ferro, foi denunciado pela 26ª Promotoria de Justiça Criminal de Cuiabá.

De acordo com o MPE, o homicídio tentado foi cometido por motivo fútil, mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, por razões da condição do sexo feminino (feminicídio). Além disso, o advogado foi denunciado pelos crimes de ameaça e cárcere privado.

Narra a denúncia que o casal namorou por cerca de 12 anos e que a relação sempre se mostrou conturbada, por conta do comportamento agressivo do denunciado em razão do uso de entorpecentes.

Segundo o MPE, no dia 18 de agosto deste ano, o casal estava na residência da vítima, já deitado, dormindo, quando, por volta das 3h da madrugada, o advogado se levantou e foi até o banheiro para usar droga.

Ao voltar para o quarto, ele tentou manter relações sexuais com a vítima, que recusou, o que deu início a uma discussão. Em meio à briga, o advogado passou a agredir a namorada com socos e chutes, além de impedir por horas que ela saísse de casa.

A mulher tentou fugir, mas a casa estava trancada e o advogado a ameaçava o tempo todo dizendo que “acabaria com ela”. Não satisfeito, ele pegou uma barra de ferro usada para reforçar a segurança da porta da residência e passou a golpeá-la e a enforcá-la.

A vítima chegou a desmaiar e, ao retomar os sentidos, aproveitou a distração do namorado para pegar a chave e fugir. Ela foi agredida novamente, mas conseguiu fugir e buscar socorro.

“O crime foi cometido sem que existisse qualquer motivação relevante para tal, em meio a discussão banal provocada pelo denunciado, agindo, portanto, impelido por motivo fútil. O denunciado agrediu a vítima repentina e inesperadamente, num momento em que ela estava dormindo, dificultando esboçar qualquer gesto eficiente de defesa. [O advogado] praticou o crime num contexto de violência doméstica por ele alimentada, prevalecendo-se de sua superioridade física, em flagrante menosprezo à condição de mulher da vítima (eram namorados), e, portanto, por razões da condição do sexo feminino da vítima”, argumentou o promotor de Justiça Jaime Romaquelli.

(Com Assessoria)

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