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Adaptação de Shakespeare será encenada até o domingo no Espaço Liu Arruda

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Adaptação de Shakespeare será encenada até o domingo no Espaço Liu Arruda

Entra ano, sai ano, e a obra de William Shakespeare continua sendo revisitada. Até o domingo, são os alunos do 8º ano da Escola Livre Porto que revelam em palco, a adaptação que fizeram de “Noite de reis ou o que quiserdes”. Para muitos críticos, a melhor comédia do dramaturgo inglês.

A peça será encenada nos dias 9 e 10/11, às 20h15, e nos dias 11 e 12/11, às 16h e 20h15, no Auditória do Espaço Cultural Liu Arruda (TCE/MT), em Cuiabá, no Centro Político Administrativo. O ingresso tem preço promocional de R$ 15. A renda, será revertida ao custeio da produção.

A peça ‘Noite de Reis ou O Que Quiserdes’ é uma adaptação bem-humorada e repleta de situações parecidas com a vida cotidiana, com conquistas, ilusões, enganos e redenção. A trama tem início após os irmãos gêmeos, Sebastião e Viola, sofrerem um naufrágio na costa da Ilíria, o que dá a cada um deles um destino diferente. Viola se disfarça de homem e passa a ser ‘Cesário’, mensageiro do Duque de Orsino que pretende ser noivo de Lady Olívia, que não o ama, e que se apaixona por ‘Cesário’ que, por sua vez, apaixona-se pelo Duquesa

Além de um clássico da literatura mundial, a história busca inspirar os jovens neste período do romper da adolescência a viverem intensamente o relacionamento entre o Eu e o mundo, com suas tramas muitas vezes complexas e que exigem discernimento, coragem e compaixão. “É um momento de busca da própria identidade, pois, integrar-se a uma comunidade pressupõe valor próprio”, afirma o diretor e coreógrafo teatral, Luciano Oliveira.

Para Izabela Garcia, de 13 anos, que vive as personagens centrais Olívia e Viola, a experiência de participar de uma equipe de teatro, ouvindo os diferentes pontos de vista e buscando a integração entre todos foi uma das melhores experiências de vida. Além disso, adorou resgatar um texto tão complexo quanto de Shakespeare e adaptá-lo aos dias atuais. “É tão interessante, ao representar um papel de alguém que não sou eu, me senti muito mais eu, tive mais firmeza dos meus propósitos”.

Os adolescentes Arthur Landgraf, de 14 anos, e Alan Luís Barbosa, de 13, estão orgulhosos do resultado obtido. “Decorar as falas, incorporar personagens difíceis, descobrir meu lado cômico, nunca me imaginei fazendo a plateia rir”, diz Arthur. “O teatro é um sonho pra mim, estou aprendendo a falar melhor, a pensar de maneira diferente, com mais criatividade, interpretar alguém diferente e que possui outros valores é uma experiência rica, incrível”, avalia Alan. Para Pedro Ramos, 14, fazer teatro pode mudar a vida das pessoas, a arte é ferramenta importante de conhecimento e crescimento pessoal. “A gente oscila entre vários humores, de sério, bobo, zangado, metido, é importante sair do próprio quadrado, expandir a consciência”.

Realizado desde 1995, o teatro é faz parte da grade escolar no 8º e no 12º ano da escola, trazendo obras importantes da literatura universal e nacional. Por se tratar de um período em que o jovem está no terceiro setênio (fase dos 14 aos 21 anos), inúmeras mudanças físicas e psicológicas abruptas acontecem. Uma delas é a busca por um ideal, a partir do teatro é possível obter exemplos e conceitos sobre justiça, verdade, honra, sonhos e liberdade. Algumas peças já encenadas: A revolução dos beatos, de Dias Gomes(2016); A pena e a lei, de Ariano Suassuna, e O Truão Panfalão, de Nikolai Leskov (2015); e A invasão, de Dias Gomes, e A comédia dos erros, de Shakespeare (2014).

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