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Wilson vai se reunir com CPI para refazer relatório do VLT

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Wilson vai se reunir com CPI para refazer relatório do VLT

Ednilson Aguiar/O Livre

Veículo Leve sobre Trilhos, VLT

Uma das missões de Wilson Santos (PSDB) em seu retorno à Assembleia Legislativa será reunir novamente os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa para discutir mudanças no relatório da investigação. Para isso, o presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (PSB), devolveu à CPI o relatório, que estava pronto na sua mesa desde outubro de 2016, quando a Casa ainda tinha Guilherme Maluf (PSDB) como presidente.

O objetivo, segundo o tucano, é eliminar possíveis entraves à retomada da obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Até a segunda-feira, 10, Wilson estava no comando da Secretaria de Cidades de Mato Grosso, para onde promete voltar nos próximos dias.

“Quero ter uma conversa com todos os membros da CPI”, explicou.  “Talvez os membros da CPI não tenham acesso a algumas informações que eu tive só agora, como secretário de Cidades. Informações como a de que o consórcio trabalhou oito meses sem receber nada do governo passado, que também não realizou algumas desapropriações”, citou.

Mesmo tendo sido membro suplente da comissão, Wilson afirma que não teve acesso ao relatório, que ainda não foi votado em plenário. Quando a CPI foi concluída, em outubro de 2016, o tucano estava afastado da Assembleia para se dedicar à campanha para a Prefeitura de Cuiabá, da qual saiu derrotado. “A minha primeira intenção é ter acesso aos relatórios, até para orientar a base”, disse.

Ele afirmou que tem um canal de diálogo aberto com o presidente da CPI, Oscar Bezerra (PSB), apesar de ele já ter demonstrado resistência em alterar o relatório. Oscar afirma que houve superfaturamento de R$ 316 milhões nas obras do modal. “Vou dialogar com Oscar, e assim como vou tentar convencê-lo, ele pode me convencer e eu posso mudar de ideia novamente”, disse.

Eduardo Botelho considerou desnecessário o retorno do tucano à Assembleia para tratar dessa questão, mas colaborou com os planos devolvendo o relatório para a CPI. “Mas Wilson entende que pode usar o plenário para ajudar”, disse.

Botelho também defende mudanças no relatório, dentro de alguns limites. “Pedi para a CPI reavaliar as recomendações para paralisar a obra e afastar o consórcio VLT Cuiabá, pois o melhor caminho que o governo encontrou é retomar a obra com o consórcio”, explicou.

“Já gastamos R$ 1 bilhão e não podemos jogar esse dinheiro fora. Botar uma placa ‘aqui jaz o VLT’. São as mudanças que sugeri, mas a CPI é autônoma e eles fazem como quiserem. Eu trato somente da continuidade das obras. Já os desvios que ocorreram são matemáticos, não tem como mudar isso”, disse. 

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