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“VLT foi erro histórico do governo passado, que roubava por prazer”, diz Taques

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“VLT foi erro histórico do governo passado, que roubava por prazer”, diz Taques

Ednilson Aguiar/O Livre

Governador Pedro Taques

 

O governador Pedro Taques (PSDB) criticou duramente o governo do antecessor Silval Barbosa (PMDB) ao falar sobre a obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Na última quinta-feira (27), depois de mais uma tentativa frustrada de validar o acordo com o consórcio VLT Cuiabá, o governo pediu à Justiça Federal mais 30 dias de prazo para acertar os termos com a concessionária. 

“O VLT foi um erro histórico do governo passado, que roubava por prazer, como está nas capas dos jornais”, disse Taques, em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (28), referindo-se aos depoimentos prestados na Operação Sodoma. Na quinta-feira, o ex-secretário de Planejamento Arnaldo Alves declarou à juíza Selma Arruda que acreditava merecer a propina recebida. Silval Barbosa, por sua vez, já havia dito que só participava do esquema quem queria, pois todos levavam vantagem.

Taques, cujas menções nas redes sociais foram afetadas pela volta do debate em torno de novos investimentos no VLT, disparou contra  críticos da obra. “Existem pessoas que estão criticando o término do VLT porque não têm vergonha na cara, porque ajudaram a construir esse rasgo entre Cuiabá e Várzea Grande. Essas pessoas vão criticar e vão passar”, disse.

“Precisamos cuidar do dinheiro do povo de Mato Grosso e é isso que estamos fazendo. Não podemos deixar R$ 1 bilhão parados”, falou, em referência ao valor que já foi pago pelo VLT no governo passado.

O acordo para retomar o VLT ainda não foi homologado porque os Ministérios Públicos Estadual (MPE) e Federal (MPF) continuam discordando do compromisso firmado entre o governo e o consórcio construtor. Segundo Pedro Taques, faltam consenso em três dos 26 pontos discutidos.

“Faltam questões absolutamente técnicas sobre a culpa compartilhada, sobre decisões que o Tribunal de Justiça já tomou e pontos técnicos sobre o prazo para terminar o VLT, de 24 ou 19 meses”, citou o governador.

VLT na Justiça
No início do seu governo, Pedro Taques judicializou a obra do VLT e contratou a consultoria KPMG devido a uma divergência entre os valores solicitados pelo consórcio para concluir a obra e o valor que o governo acreditava ser devido. No final de 2015, a consultoria apontou o valor de R$ 1,668 bilhão para terminar o VLT no prazo de 19 meses.

O acordo firmado entre o atual governo e o consórcio no final de março de 2017 estabeleceu o valor de R$ 1,988 bilhão para concluir a obra, com prazo de 24 meses. O principal argumento do MPE e MPF para ir contra o acordo é que a repactuação não seguiu o valor nem o prazo apontado pela consultoria KPMG.

O VLT foi contratado pelo valor de R$ 1,477 bilhão em 2012, e paralisado no final de 2014, ainda no governo Silval. Antes da paralisação, foram pagos R$ 1,066 bilhão em medições.

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