Um total de 66 venezuelanos que viviam precariamente em Boa Vista, Roraima, chegaram a Cuiabá em um avião da Força Aérea Brasileira nesta sexta-feira (06).
Eles foram conduzidos com apoio do Exército, da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Pastoral do Imigrante.
O grupo ficará provisoriamente por 45 dias na pastoral do imigrante, no bairro Carumbé.
A ideia dos coordenadores é fazer com que os refugiados fiquem no lar católico até conseguirem emprego para poderem bancar a própria subsistência.
“Muitos bateram palmas porque chegaram aqui. E se sentiram gratos pela chegada. Não sou eu e nem a igreja católica quem os acolheu, é Cuiabá que está acolhendo”, falou o Padre Pedro Freitas, coordenador da Casa do Imigrante.
Segundo informou o coordenador da Agência da ONU para refugiados, Paulo Sérgio de Almeida, cerca de 30 mil venezuelanos estão na capital de Roraima. A vinda por Cuiabá foi oferecida de forma opcional e alguns dos imigrantes acabaram escolhendo ir para outras cidades pelo Brasil.
Os representantes da Pastoral do Imigrantes argumentam que o lar católico não estar superlotado com a chegada dos refugiados. Conforme Pedro Freitas, 90 pessoas estão na casa atualmente, somando-se os atuais 66 venezuelanos aos 30 cubanos que já estavam no local. A capacidade total do lar é de 200 pessoas.
A expectativa é de que nas próximas semanas mais venezuelanos cheguem em Cuiabá, principalmente se os que chegaram hoje conseguirem se estabelecer e arrumar emprego na capital mato-grossense. Para isso, a Pastoral destina o período matutino para que os moradores provisórios procurem por trabalho.
Vivem e trabalham hoje, em Cuiabá, cerca de 2 mil haitianos.