Deputado estadual de primeiro mandato, Ulysses de Moraes (DC) assumiu nesta segunda-feira (18) que pode se candidatar a prefeito de Cuiabá nas eleições de 2020. Aos 29 anos, ele tem chamado a atenção na Assembleia Legislativa ao apresentar votos contrários em situações impostantes, como a escolha da Mesa Diretora e a indicação do conselheiro Guilherme Maluf ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Em entrevista à Rádio Capital FM, o parlamentar ponderou que ainda é cedo para tomar a decisão, mas também não descartou por completo a hipótese. “Não podemos nos furtar de desafios e de missões colocadas por Deus”, respondeu ao ser questionado sobre a possibilidade de ser candidato.
Ulysses disse que o foco, no momento, é ser um bom deputado na Assembleia Legislativa, já que seu mandato vai até o fim de janeiro de 2022. No entanto, lembrou que já é o maior nome do Democracia Cristã (DC) e deixou em aberto a possibilidade de concorrer a outro cargo.
Na semana passada, inclusive, Ulysses deixou de estar na sessão da Assembleia para participar da que ocorria na Câmara de Cuiabá. Na oportunidade, os vereadores aprovaram o projeto de autoria do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) que taxa motoristas de transporte via aplicativos e regulamenta o exercício da atividade na Capital.
O deputado se posicionou contra o projeto, sob o argumento de que atividades comerciais precisam de, cada vez mais, menos interferência do poder público.
Verba indenizatória
Ulysses também se destacou ao apresentar uma planilha com o gasto da verba indenizatória de cada deputado estadual. Ele próprio foi o que menos gastou. Dos R$ 65 mil disponíveis por mês, aplicou pouco mais de R$ 3 mil.
O segundo colocado, segundo o mesmo levantamento, foi o deputado Max Russi (PSB), que usou R$ 58,5 mil, ou seja, uma diferença de mais de R$ 55 mil.
Desde antes de assumir o mandato, Ulysses afirmava que apresentaria um projeto para reduzir o valor da verba indenizatória e cobrar a prestação de contas sobre o valor recebido por cada deputado.