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Taques defende Zaqueu: “pessoa séria e digna”

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Taques defende Zaqueu: “pessoa séria e digna”

Gcom-MT

Coronel PM Zaqueu Barbosa

O governador Pedro Taques e o então comandante da PM, coronel Zaqueu Barbosa, em foto de arquivo

O governador Pedro Taques (PSDB) defendeu o coronel e ex-comandante-geral da Polícia Militar (PM) Zaqueu Barbosa das acusações de que ele teria comandado os grampos ilegais. Nesta quinta-feira (25), o governador afirmou  que evita julgar o coronel antes que o processo a que ele responde seja concluído pela Justiça.

Zaqueu foi preso preventivamente na terça-feira e segue detido no Batalhão de Operações Especiais (Bope) em Cuiabá. No dia da prisão, o governo do Estado emitiu uma nota no mesmo tom, em defesa do coronel.

“Não podemos julgar as pessoas por fofoca e notícias de sites”

“Não faço juízo de valor antes do devido processo legal. Zaqueu é uma pessoa séria e digna que exerceu, durante um ano, a chefia da PM. Não podemos julgar as pessoas por fofoca e notícias de sites”, disse o governador.

Em seguida, Taques foi questionado e negou estar criticando a decisão do juiz Marcos Faleiro da Silva, que decretou a prisão do coronel e do cabo Gérson Luiz Correa Júnior. Em diversos trechos de sua decisão, o juiz citou as notícias veiculadas pela imprensa local e pelo Fantástico que mostravam as interceptações telefônicas.

Taques ainda falou sobre uma mudança no comando da investigação que apura o envolvimento dos policiais no caso. O coronel aposentado Denézio Pio se declarou suspeito e não irá comandar o Inquérito Policial Militar que investiga os grampos no âmbito da PM.

“Me parece que ele foi advogado do Zaqueu. Aí não pode, né?”, questionou. “Nós que tiramos [o coronel da coordenação do inquérito]. Tem que ser uma coisa certa, né?”, afirmou o governador.

Barriga de aluguel
Os policiais são acusados interceptar ilegalmente telefones de jornalistas, advogados, médicos, um desembargador, uma deputada e um assessor parlamentar, entre outros profissionais.

Os números foram incluídos em uma operação que investigava o envolvimento de policiais militares com o tráfico de drogas em Cáceres, com a qual os interceptados não tinham qualquer relação. O esquema é conhecido como “barriga de aluguel” e começou em 2014, quando Silval Barbosa (PMDB), era governador, e continuou na gestão Taques.

Delações e chantagem política
Na manhã desta quinta, o governador ainda comentou a delação da JBS, que atingiu o presidente da República, Michel Temer (PMDB) e o senador Aécio Neves (PSDB). Para o governador, o instrumento da delação premiada está se transformando em “chantagem política, vingança e venda de confissões”.

Taques frisou que não estava generalizando, nem falando especificamente da JBS. Em Mato Grosso, operações com a Sodoma, a Ararath e a Rêmora, que investigam corrupção no âmbito governamental, têm se valido de delações para a investigação de crimes de corrupção, inclusive durante a atual gestão.

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