O ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), negou por meio de nota que faria um acordo de delação premiada. No comunicado, divulgado neste sábado (22), ele alega que nunca procurou e nem foi procurado pelo Ministério Público Estadual (MPE) para qualquer tipo de acordo.
“Reafirmo, desta vez pessoalmente, que não estou fazendo qualquer acordo, nunca procurei o Ministério Público com esse propósito e nunca me foi sequer oferecido qualquer benefício. Também informo que nunca fiz qualquer tipo de gravação, bem como não apontei quaisquer das pessoas já mencionadas em matérias como tendo praticado ilícito”, disse.
O ex-governador também negou que tenha feito gravações ou que teria apontado nomes de pessoas conforme noticiado por alguns veículos da imprensa nos últimos dias. Entretanto, pela primeira vez Silval falou que irá confessar possíveis atos ilícitos durante sua gestão entre os anos de 2010 e 2014.
“Após refletir e me orientar com a minha família, assumirei minhas responsabilidades perante o Poder Judiciário, confessando fatos pontuais naqueles processos que eu realmente tenha praticados ilícitos penais”, afirma.
Por fim, disse que seguirá se defendendo, mas com uma nova postura. “Agora passarei a colaborar com a verdade, exercendo, na maior amplitude, os direitos processuais que me são facultados pela Constituição da República”, finalizou.
Prisão
Silval é um dos investigados na operação Sodoma, deflagrada pela Delegacia Fazendária do Estado (Defaz). Ele está preso desde setembro de 2015. De acordo com o MP, o ex-governador seria o chefe de uma organização criminosa que cobrava propina de empresários beneficiados com incentivos fiscais e também de empresários que tinham contratos com o Estado e para que não fossem encerrados eram “obrigados” a pagar propina para o grupo do peemedebista.
