Tecnologia e Inovação

Será o fim das cracolândias? Saiba como funciona a vacina anticocaína

Pesquisadores brasileiros desenvolveram vacina que visa inibir os impactos da droga no organismo

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Será o fim das cracolândias? Saiba como funciona a vacina anticocaína
Foto: Pixabay/Reprodução

As cracolândias e os casos de dependência química que assolam as famílias pelo mundo podem estar com os dias contado caso um experimento brasileiro seja bem sucedido. Trata-se da vacina batizada como anticocaína, que visa minimizar os efeitos da cocaína e do crack e já teve resultados promissores em ensaios preliminares realizados com animais.

O produto tem tecnologia “tupiniquim”, está sendo desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e chamou a atenção do mundo. Alguns pesquisadores acreditam que podemos estar diante de uma solução inovadora no tratamento da dependência química.

Entendendo o mecanismo da vacina

A vacina estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos específicos que se ligam à cocaína presente na corrente sanguínea. Essa ligação transforma a droga em uma molécula maior, impossibilitando sua passagem pela barreira hematoencefálica, que regula o transporte de substâncias para o sistema nervoso central.

O objetivo da intervenção é reduzir o impacto da cocaína no organismo, minimizando os efeitos da droga e auxiliando na recuperação de pessoas com dependência química. Atualmente, os tratamentos disponíveis giram em torno de abordagens comportamentais e medicações para controlar a abstinência e impulsividade.

Vale lembrar que a vacina também demonstrou promissor potencial na prevenção de complicações obstétricas relacionadas ao uso de cocaína durante a gravidez.

Resultados promissores e próximos passos

Fachada do edifício sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). (Marcelo Camargo / Agência Brasil)

Após a conclusão das etapas pré-clínicas, que comprovaram a segurança e eficácia da vacina no tratamento da dependência e na prevenção de consequências obstétricas e fetais em animais, os pesquisadores estão avançando para os estudos clínicos com voluntários humanos. Para isso, é necessário obter a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Além da autorização da Anvisa, o progresso da pesquisa tem sido afetado pela falta de recursos, um desafio agravado pela pandemia. Os pesquisadores estão buscando financiamento para viabilizar a próxima fase de testes e dar continuidade ao trabalho.

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