Ednilson Aguiar/O Livre
Depois da repercussão das declarações em favor de um plano B para a disputa do governo em 2018, o senador José Medeiros (PSD) tentou se redimir com seu grupo político. Ele afirmou que a ideia foi em razão de o governador Pedro Taques (PSDB) estar cotado nos bastidores de Brasília para disputar a Presidência da República, ao lado de nomes como o do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB).
“Em Brasília, tenho ouvido coisas que às vezes não chegam em Mato Grosso. Aqui há um vácuo de lideranças muito grande para a Presidência da República. Ouvimos nomes de Doria, de Pedro Taques. Aí acendeu a luzinha: e se no último momento o PSDB exige que Pedro Taques saia candidato a presidente da República?”, disse Medeiros, em entrevista ao programa Estúdio Livre, da TV Band e Band FM (101,1).
O senador defendeu, ainda, que o próprio Pedro Taques assuma a frente de montar a estratégia de ter um plano B, para o caso de ele não disputar a reeleição. “Esse tipo de raciocínio tem que ser feito pelo comandante desse grupo, que é o Taques. Como grande timoneiro, ele não pode se dar a esse luxo de não ter um plano B”, argumentou.
Medeiros afirmou que o plano A do grupo é a reeleição do governador. “Nosso projeto é Pedro Taques, mas o grupo tem que ter nomes fortalecidos para disputar. Na eleição de Cuiabá, tivemos que ir com Wilson Santos para o sacrifício com a desistência de Mauro. Minha opinião é essa. A gente não sabe o que acontece na nossa vida amanhã. Foi por isso que eu coloquei o nome do Fávaro”, disse.
Em agosto de 2016, Mauro Mendes (PSB) desistiu de tentar a reeleição para a Prefeitura de Cuiabá. Seu grupo político não estava preparado para encarar uma eleição sem Mendes, e o deputado estadual Wilson Santos (PSDB) acabou sendo colocado como candidato no último prazo, para substituir o então prefeito. O grupo do governador acabou perdendo a eleição para o candidato do PMDB, Emanuel Pinheiro.