Antônio Cruz/Agência Brasil
O deputado Marco Maia (PT-RS), que está no plenário do Senado, afirmou nesta tarde de terça-feira, 11, que senadores da base governista colhem assinaturas para tentar alterar o local de votação da reforma trabalhista. Segundo o deputado petista, há até rumores de que a votação poderia ser realizada no gabinete do presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE).
Em uma demonstração de apoio às senadoras que ocupam há mais de cinco horas a mesa diretora da Casa, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que a oposição vai resistir e permanecerá ocupando a mesa. “Se for necessário dormir aqui, nós vamos dormir aqui.”
No escuro
Mesmo com os microfones desligados e as luzes do plenário apagadas, as senadoras de oposição que ocuparam a Mesa do Senado permanecem no local para tentar impedir a votação da reforma trabalhista. O presidente da Casa, Eunício Oliveira, foi impedido de presidir a sessão que iria analisar a proposta.
O protesto é feito pelas senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR), Fátima Bezerra (PT-RN), Ângela Portela (PT-ES), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lídice de Mata (PSB-BA), Regina Sousa (PT-PI) e Kátia Abreu (PMDB-TO).
A ocupação foi criticada por senadores governistas. “Isso é um verdadeiro vexame para o Senado, eu diria até uma vergonha. Nunca aconteceu isso aqui. Eu só posso dizer que estou chocado. Diante disso que aconteceu acho que o presidente está certo. O que nós queremos é votar, tudo se resolve aqui no voto e não dessa maneira”, disse o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN).
Já o senador Jorge Viana (PT-AC) disse que o impasse se deve à forma com que o governo está conduzindo as reformas no Congresso. “É uma atitude de um grupo de senadoras. É isso que dá esse impasse que o Brasil está vivendo. É claro que não é bom, mas, por outro lado, como é que pode se fazer uma reforma trabalhista sem que o Senado possa alterar um inciso, um artigo de uma lei que é tão importante para todo mundo?”, avaliou.
(Com Agência Estado)