Seguro não é mau agouro e sim precaução. Mesmo assim, seja por associá-lo a morte, seja por desconhecimento, muitos brasileiros se distanciam deste produto. Conforme dados da seguradora Zurich, em parceria com a Universidade de Oxford, mais da metade (53,9%) dos brasileiros não têm nenhum tipo de seguro de vida ou de proteção de renda.
Os números são de 2020. Naquela ocasião, foram analisados 15 países, sendo que o Brasil ficou em último lugar e ganhou o troféu de país com menos segurados.
Também estavam na lista:
- Austrália (53,6%)
- Reino Unido (44,9%)
- Itália (46,8)
- Espanha (44,4%)
- Romênia (43,2%)
- Estados Unidos (41,7%)
- Emirados Árabes Unidos (33,3%)
- México (33%)
- República da Irlanda (31,7%)
- Suíça (29,8%)
- Japão (28,2%)
- Finlândia (26,9%)
- Alemanha (23,6%)
- Malásia (18,2%)
- Hong Kong (13,9%)
No ano seguinte, uma nova pesquisa, dessa vez realizada pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) e o Data Folha, mostra que 65% dos brasileiros não têm seguro de pessoas (vida, invalidez, funeral, prestamista, viagem).
Dessa forma, podemos dizer que o número representa 11 pontos percentuais em relação à pesquisa de Oxford.
Mas, a pergunta é: por que isso acontece?
Percentual de pessoas que desconhecem o que é seguro
A pesquisa do Datafolha foi mais afundo no critério desconhecimento. De acordo com o estudo Percepção dos Brasileiros sobre Seguros Pessoais e Plano de Previdência – População 2021, divulgado em maio passado, 33% dos entrevistados dizem desconhecer o produto Seguro e como ele funciona; além de outros 29% que conhecem, mas não sabem como funciona.
Por região, o percentual de desconhecimento chega a 42% no Nordeste, 41% no Norte, 32% no Centro-Oeste, 30% no Sudeste e 25% no Sul. É importante citar que, durante a coleta de dados, os pesquisadores ouviram 2.023 pessoas.
Além do desconhecimento, o diretor de Desenvolvimento de Negócios da Central Sicredi Centro Norte, Ezio Almeida, afirma que as pessoas se equivocam ao relacionar o seguro de vida à morte (natural ou acidental) ou invalidez, já que há coberturas para a vida.
“Quando apresentamos este produto aos associados costumamos explicar que se trata de uma espécie de blindagem de capital financeiro, já que diante de uma eventual doença ou invalidez, o associado não precisará liquidar seu patrimônio para gastos médicos ou hospitalares. E tem mais, o seguro de vida não entra em inventário”, explica o diretor.
Também cabe lembrar que os seguros, independente de qual seja, sempre estão vinculados a serviços que podem ser acionados pelo segurado.
(Com informações da Assessoria)