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Salários de outubro dos servidores não serão quitados nesta semana

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Salários de outubro dos servidores não serão quitados nesta semana

Ednilson Aguiar/O Livre

Palácio Paiaguás

Crise no Palácio Paiaguás: folha de outubro ainda está sendo paga

O governo estadual informou que não pagará nesta sexta-feira (17) os 3.371 servidores estaduais que ainda não receberam o salário de outubro. A reunião para tratar do assunto e passar uma data de pagamento, agendada para hoje, foi adiada para a próxima terça-feira (21). Na semana passada, o governo havia prometido quitar toda a folha de outubro até o dia 22 de novembro.

Os servidores que ainda não receberam são os que ganham salários acima de R$ 14,1 mil brutos, ou seja, mais de R$ 10 mil líquidos. Segundo o Gabinete de Comunicação (Gcom), o total já pago neste mês foi de R$ 402,1 milhões.

O presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde (Sisma), Oscarlino Alves, tachou a situação de absurda. “Eles estão se omitindo em nos dar uma perspectiva do pagamento da folha de outubro”, disse, referindo-se aos salários que faltam e ao 13º Salário dos aniversariantes de outubro.

Oscarlino afirmou que o Fórum Sindical orientou que os sindicatos organizem assembleias gerais para deliberar sobre um indicativo de greve, caso os salários de novembro atrasem novamente, e não sejam pagos até 10 de dezembro. A assembleia do Sisma será na próxima quinta-feira (23).

Escalonamento
Na sexta-feira (10), foram pagos os salários de quem ganha até R$ 5 mil líquidos. Segundo o Gabinete de Comunicação, 88% dos servidores se enquadram nessa categoria. A data máxima prevista na Constituição Estadual para o pagamento dos salários é o dia 10 do mês seguinte ao trabalhado. Depois dessa data, os salários têm que ter correção pelo atraso.

Desde o mês de setembro, os salários do Poder Executivo vêm sendo escalonados em função da crise financeira pela qual passa o governo. Naquele mês, a prioridade foram os servidores da Saúde, Educação e Segurança.

Na folha de outubro – que ainda está sendo paga –, o governo optou por fazer o escalonamento por faixa salarial, e pagar primeiro os servidores que ganham menos. Esse foi o mesmo critério adotado em alguns meses de 2016.

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