Seis em cada dez domicílios têm segurança alimentar adequada em Mato Grosso. Outros quatro enfrentam algum grau de insegurança na maneira de matar a fome.
No cotidiano, esses números significam que 60% da população têm acesso a alimentos em condição e quantidade consideradas adequadas para a sobrevivência. Para o restante da população, esse acesso ocorre com alguma escassez.
Os dados são partes da Pesquisa do Orçamento Familiar (POF), divulgada nesta quinta-feira (17) pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), com base em dados de 2017.
A pesquisa avaliou, na época, 1.114 mil residenciais em Mato Grosso e em 742 delas os moradores tinham alimento diário considerada adequado. Outros 372 tinham algum grau de insegurança entre leve, moderado e grave.
“Nos domicílios com insegurança alimentar moderada, os moradores, em especial os adultos, conviviam com restrição quantitativa de alimentos no período de referência. O nível de insegurança alimentar grave significa que houve ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores, incluindo, quando presentes, as crianças”, pontua o estudo.
Na proporção da população, 22,3% estavam em situação de insegurança leve, 7,1% em moderada e 4% com insegurança grave. A média estadual ficou acima da nacional, que foi de 63,3% dos brasileiros.
Saneamento
O estudo aponta também que a situação alimentar tem relação com acesso a serviços de água e esgoto. As famílias com níveis mais altos de segurança têm maior acesso a redes de saneamento. O inverso também é válido: maior insegurança, menor acesso.
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Dos domicílios em situação de segurança no país, 87,4% têm abastecimento de água, 69,3% têm esgotamento sanitário e 86,3% têm destinação adequada para o lixo domiciliar.
A existência de rede geral de esgotos está presente em menos da metade dos domicílios em insegurança moderada (47,8%) e insegurança grave (43,4%).