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Protocolo foi fraudado para esconder denúncia de grampos, diz Mauro Zaque

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Protocolo foi fraudado para esconder denúncia de grampos, diz Mauro Zaque

Ednilson Aguiar/O Livre

Promotor Mauro Zaque

Mauro Zaque: ‘Não sou homem de mentir ou sequer fraudar’

O promotor Mauro Zaque, que denunciou a prática de grampos ilegais na cúpula da Polícia Militar, divulgou nota nesta sexta-feira (13) em resposta ao governo estadual, que anunciou a abertura de uma investigação sobre fraudes no sistema de protocolos do Estado

Zaque, que foi secretário de Segurança Pública, diz ter oficializado a denúncia contra coroneis da Polícia Militar e contra o então chefe da Casa Civil, Paulo Taques. O governo, no entanto, afirma que esses documentos nunca chegaram ao chefe do Executivo e acusa Zaque de ter montado uma fraude. 

Para o promotor, o protocolo foi fraudado para esconder a denúncia.

Veja a nota do promotor:

“Tendo em vista o teor do relatório de auditoria especial 0027/2017/CGE, que versa sobre “Alteração de dados do sistema.Protocolo 542635” onde resta comprovado que eu encaminhei a denúncia relativa aos grampos via o mencionado sistema de protocolo conforme a seguir: dia 14/10/2015 . 10:27:19h cadastro da denúncia que encaminhei (oficio 3058/2015 com anexos ); 10:28h processo é tramitado da gerência de protocolo e postal da Casa Civil para o protocolo do Gabinete do Governador; 14:56:44h o trâmite para o Gabinete do Governador é cancelado; 15:02:43h nova atualização no processo modifica sua descrição, o tipo de processo, o município de origem e o documento que se estaria protocolizando. Aqui surge o documento de Juara.

Demonstrando, pois, de forma cabal, que o protocolo do Estado fora fraudado para suprimir a denúncia que encaminhei e, ato continuo, enxertar outro documento a fim de fazer desaparecer quaisquer vestígios acerca dos graves fatos que denunciei.

Isso não me causa surpresa, uma vez que sempre tive a certeza de que essa era a verdade dos fatos. Não obstante, imperioso que essa fraude seja investigada profundamente para punir não somente aqueles que a executaram mas, e principalmente, aqueles a quem ela interessava e que, de qualquer forma, se beneficiaram de tal expediente criminoso.

Não sou homem de mentir ou sequer fraudar. Mantendo firme meu compromisso com a verdade e com a liturgia do meu cargo. Sigo acreditando na escorreita apuração desses fatos gravíssimos pelo viéis judicial que representa, por óbvio, o Porto Seguro em defesa da sociedade e do regime democrático.

Mauro Zaque de Jesus”

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