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Por que as empresas estão desistindo do home office no Brasil?

Uma pesquisa da FVG apontou que o percentual de empresas que adotam o trabalho remoto caiu e empregados discordam do motivo para isso

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Por que as empresas estão desistindo do home office no Brasil?
(Foto: Vlada Karpovich / Pexels)

Um estudo recente, publicado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que o modelo de trabalho remoto, conhecido como home office, vem perdendo espaço entre as empresas brasileiras. Se em 2021, quase 58% delas afirmavam ter adotado o modelo de forma parcial ou total, em outubro de 2022, esse número caiu para pouco menos de 33%. E uma das principais questões em debate sobre o home office é a produtividade.

Quem defende o trabalho remoto usa como principal argumento o poder desse regime de elevar os níveis de bem-estar e satisfação dos profissionais. E a principal razão para isso é a economia de tempo e dinheiro com deslocamentos. Estudos apontam ainda que, na percepção da maior parte dos trabalhadores, essa satisfação maior também resulta em mais produtividade no trabalho. Mas apenas uma parcela das empresas concorda com isso.

O levantamento da FGV aponta, por exemplo, que setores como o comércio perceberam uma perda de produtividade. Em 2021, cerca de 20% delas se queixavam disso. Já em 2022, esse número aumentou para 26%.

Principais desafios do home office no Brasil

A divergência entre empregados e empregadores, quando se trata de home office no Brasil, pode ser atribuída a uma série de dificuldades enfrentadas pelas empresas na implementação e manutenção do sistema. Um dos principais desafios é a adaptação das equipes a um ambiente virtual. Há menos interação pessoal e a necessidade de uma disciplina mais rigorosa por parte do trabalhador.

Além disso, algumas empresas relatam dificuldades em medir e garantir o desempenho dos empregados à distância, o que pode afetar a confiança nesse modelo de trabalho.

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A pesquisa da FGV revela, por exemplo, que o home office é mais adotado por empresas dos setores de Serviços de Informação e Comunicação, enquanto setores como Serviços Prestados às Famílias, especialmente na área de Acomodação, apresentaram uma queda significativa na prática do trabalho remoto.

A desigualdade também é uma questão de escolaridade. Trabalhadores mais escolarizados e com empregos que garantem maior renda têm mais chances de encontar uma vaga para trabalhar integralmente em casa.

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Em resumo, o home office está perdendo espaço entre as empresas. Embora tenha trazido benefícios em termos de qualidade de vida e flexibilidade, a adaptação às dinâmicas virtuais e a dificuldade em mensurar o desempenho dos colaboradores são obstáculos que ainda precisam ser superados no Brasil.

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