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Perri analisa prisão por organização criminosa de cabo envolvido nos grampos

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Perri analisa prisão por organização criminosa de cabo envolvido nos grampos

Tribunal de Justiça

Orlando Perri desembargador

Desembargador analisa pedido de prisão

O desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, analisa a prisão preventiva do cabo da Polícia Militar Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior pelo crime de organização criminosa. O cabo é acusado de ser um dos operadores do esquema de grampos telefônicos realizados por policiais ligados à cúpula do governo do Estado.

Gerson está preso desde maio e se encontra atualmente no Centro de Custódia da Capital (CCC) – ele foi transferido para a unidade depois de deixar o Batalhão da Rotam (Rondas Ostensivas Tático Móvel) para ir a uma boate na capital.

A primeira prisão foi decretada no bojo de um inquérito que apura os crimes militares supostamente praticados pelos policiais envolvidos no caso dos grampos. A nova prisão foi pedida pelos delegados Ana Cristina Feldner e Flávio Henrique Stringueta no inquérito que investiga os crimes comuns praticados tanto por militares quanto por civis durante a operação das escutas ilegais.

O cabo Gerson seria o responsável pelos pedidos de interceptação telefônica feitos na modalidade “barriga de aluguel”, quando números que não têm relação com as investigações são incluídos na quebra de sigilo solicitada à Justiça. Telefones de deputados, advogados, jornalistas, desembargador, vereador, números do Ministério Público Estadual (MPE), entre outros.

Gerson assina até mesmo um pedido de interceptação a um telefone do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) durante a operação Ouro de Tolo, na qual a ex-primeira-dama Roseli Barbosa era investigada, mas não Silval.

Ao todo, seis inquéritos tramitam sob relatoria de Orlando Perri no Tribunal de Justiça: investigação sobre participação de membros do Ministério Público Estadual (MPE); crimes militares; participação de magistrado nas quebras telefônicas ilegais; crimes de interceptação telefônica ilegal e denunciação caluniosa, em tese, praticados pelo ex-secretário Paulo Taques; escutas clandestinas ocorridas nas eleições de 2016 em Lucas do Rio Verde; crimes comuns praticados por militares e civis.

Perri ainda é relator de um inquérito que apura possível tentativa de obstrução de Justiça por parte do cabo Gerson – ele teria ameaçado o promotor Mauro Zaque de Jesus, responsável pela primeira denúncia dos grampos. O cabo nega.

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