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Perfil puramente político não tem o que fazer na secretaria, diz Marcelo Duarte

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Perfil puramente político não tem o que fazer na secretaria, diz Marcelo Duarte

Ednilson Aguiar/Olivre

Marcelo Duarte

Marcelo Duarte é secretário desde o início da gestão Pedro Taques

“Puramente técnico ou puramente político não dá. O cara que é puramente político, que não entende nada de gestão, não tem o que fazer na secretaria. Então, tem que ter um equilíbrio”. A fala é do secretário de Infraestrutura, Marcelo Duarte. Um dos secretários de perfil técnico que sobreviveram no governo Pedro Taques (PSDB), Duarte avalia se filiar a um partido e, possivelmente, disputar eleições.

“Eu acho que a política faz parte do meu dia a dia. Eu sou um técnico que virei político e técnico. Eu acho que a gente não pode ter vergonha de falar que gosta de política, que a gente vive em um ambiente político e que precisa fazer política. Tanto é que houve uma depuração muito grande, uma mudança no secretariado do governador, e aqueles que não se adaptaram acabaram saindo”, disse.

Marcelo Duarte estuda se filiar ao PSDB, partido do governador Pedro Taques, ou ao PSD, do vice-governador Carlos Fávaro. O secretário e o vice-governador têm proximidade da época em que ambos compunham a diretoria da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) – Fávaro era presidente e Duarte, diretor-executivo.

O secretário admite ainda a possibilidade de se filiar ao PPS, que passou a ser presidido nesta semana pelo secretário de Educação, Marco Marrafon, e tem outras pessoas ligadas ao governo na direção. A chegada de Marrafon, que é cotado para ser candidato a deputado federal, pode complicar a ida de Duarte, que disputaria o mesmo cargo.

“Eu mantive as minhas características técnicas e adquiri outras políticas. Isso me credencia a estar aqui até hoje. Daí a ter um projeto pessoal para a política é uma outra história, envolve muitas outras renúncias”, afirmou Duarte.

Roteiro de lançamentos
Na última semana, a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) articulou junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Denit) o lançamento de uma licitação para conclusão do Rodoanel, via que contorna os municípios de Cuiabá e Várzea Grande. Duarte afirmou que o edital deve ser lançado no dia 8 de abril, aniversário da Capital.

A obra vai ligar a região do Trevo do Lagarto, em Várzea Grande, até o Distrito Industrial de Cuiabá, passando pela rodovia MT-010 (Estrada da Guia), rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251), até a BR-364. Ao longo deste trajeto, serão construídas duas pontes e 13 viadutos.

O custo total da obra é de R$ 540 milhões, dos quais parte foi paga às empresas que iniciaram os trabalhos e R$ 100 milhões restam nos cofres estaduais.

Com o Executivo passando por uma grave crise financeira, Duarte avalia que o momento é de encontrar outras soluções, como as concessões e parcerias com a iniciativa privada.

“Tenho feito reuniões diárias com a equipe técnica e financeira para que a gente continue rodando. Estamos espremendo a laranja até a última gota, e tem oportunidades, só com gestão”, afirmou o secretário.

O Estado tem três concessões de estradas em andamento e outras 12 “na fila”. A Sinfra estima que o governo deve receber R$ 1,5 bilhão de investimentos, sendo R$ 750 milhões nos primeiros cinco anos, da iniciativa privada. A licitação está marcada para ser aberta no dia 28 de fevereiro na Bolsa de Valores, em São Paulo.

A secretaria entrou 2018 com cerca de R$ 100 milhões restantes a pagar de obras e medições realizadas em 2017. Mesmo com poucos recursos em caixa, o secretário diz acreditar que ainda será possível fazer outras ações. “Nós vamos terminar o ano zerado em termos de passivos e com muita obra entregue”, prometeu.

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