Pelo terceiro dia de protestos contra aumento do preço do diesel, caminhoneiros bloqueiam pelo menos 16 pontos nas rodovias de Mato Grosso, segundo informações confirmadas há pouco pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Na Capital, por volta das 11 horas motoristas de caminhões “guinchos” saíram em comboio promovendo um “buzinaço” nas principais avenidas da Capital. Também em protesto contra o aumento do diesel.

Nos trechos interditados, estão sendo liberados apenas automóveis pequenos, ambulâncias, ou caminhões que transportam cargas vivas e perecíveis.

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, anunciou na noite de ontem (22) que o Governo Federal fechou acordo com o Congresso para zerar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre o diesel, na tentativa de reduzir o preço do combustível.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado de Mato Grosso (SINDMAT), está apoiando a manifestação, desde que não impeça o direito de ir e vir do cidadão comum. Em nota, o sindicato afirmou que o reajuste de combustível da Petrobrás é “abusivo e prejudica toda a sociedade”.

Na última terça-feira (22), o presidente do sindicato, Eleus Vieira Amorim, recomendou que todos os empresários do transporte de Mato Grosso deixem seus veículos nas garagens, em apoio aos protestos.

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Movimento em Mato Grosso

De acordo com o presidente do Movimento de Transportadores a Granel, Gilson Baitaca, cerca de 80% dos motoristas de Mato Grosso já aderiram ao movimento.

“Temos consciência da nossa importância e esperamos o apoio da sociedade, porque estamos lutando por melhores condições de trabalho e redução dos custos de transporte, o que gera benefícios a toda sociedade. Queremos também que a gasolina entre no pacote, gerando redução de custos para todos”, explicou Baitaca.

Ainda de acordo com o representante na Região Norte do estado, passam cerca de 600 caminhões transportando grãos por dia até o porto de Miritituba (Pará).

“É muito possível que, dentro de alguns dias, já comece a ter desabastecimento de produtos, como já tivemos inclusive notícias de cancelamento de voos em Brasília por falta de combustível. Não é o que queremos, mas não temos outra alternativa” explicou.

Na pauta das reivindicações estão a redução da carga tributária sobre o diesel, zeragem da alíquota de PIS/Pasep, Cofins e a isenção da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).

De acordo com Baitaca, os impostos representam quase a metade do valor do diesel na refinaria. A carga tributária menor daria fôlego ao setor, já que o diesel representa 42% do custo da atividade.

O aumento no diesel é resultado da nova política de preços da Petrobrás, que repassa para os combustíveis a variação da cotação do petróleo no mercado internacional para cima ou para baixo. Nos últimos meses, porém, o petróleo tem apresentado forte alta – no domingo, chegou a bater na casa dos US$ 80 o barril, valor que não registrava desde novembro de 2014.

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Confira os pontos de bloqueios repassados pela PRF

 

01) EM CUIABÁ, BR 070 NO KM 504

02) EM CUIABÁ, BR 364 NO KM 398

03) EM RONDONÓPOLIS, BR 364 NO KM 200

04) EM RONDONÓPOLIS, BR163 NO KM 119 BR 163

05) EM DIAMANTINO, BR 364 NO KM 613

06) EM NOVA MUTUM, BR 163 NO KM 593

07) EM PRIMAVERA DO LESTE, BR 070 NO KM 276

08) EM PRIMAVERA DO LESTE, BR 070 NO KM 282

09) EM CAMPO VERDE, BR 070 NO KM 383

10) EM LUCAS DO RIO VERDE, BR 163, NO KM 691

11) EM SINOP, BR 163, NO KM 821

12) EM PONTES E LACERDA, BR 174 NO KM 288

13) EM CAMPOS DE JÚLIO, BR 364 NO KM 1191

14) EM SAPEZAL, BR 364 NO KM 1120

15) EM COMODORO, BR 174 NO KM 488

16)  EM BARRA DO GARÇAS, BR 070 NO KM 005

 

 

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