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Pedro Taques lidera comitiva com 60 pessoas para China e Europa

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Pedro Taques lidera comitiva com 60 pessoas para China e Europa

Mayke Toscano/GCom-MT

Coletiva Pedro Taques

Governador Pedro Taques concede entrevista antes de viagem à China e Alemanha: em busca de euros e negócios

Mais de 60 pessoas, entre empresários, prefeitos e membros do Palácio Paiaguás, incluindo o governador Pedro Taques (PSDB) e seu vice, Carlos Fávaro (PSD), deixarão o país nos próximos dias rumo à China e à Europa em busca de recursos para Mato Grosso. As despesas de apenas 10 dessas pessoas devem ser bancadas com dinheiro do Estado.

A primeira e maior comitiva será liderada por Taques para o país oriental. O grupo, composto por 10 prefeitos, 40 empresários e oito membros do Poder Executivo vão debater investimentos nos setores de mineração e tecnologia mato-grossenses. Segundo o governador, os municípios e as empresas interessadas na viagem bancarão suas passagens e estadias.

É da Europa, no entanto, que Taques pretende voltar já com recursos garantidos: cerca de 40 milhões de Euros, o equivalente a mais de R$ 150 milhões na cotação de hoje. “Só não vamos trazer o dinheiro na mala, porque não é correto”, brincou o governador, em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (3).

O recurso será recebido na Alemanha e no Reino Unido, onde Taques se encontrará com a segunda parte da comitiva, liderada por Carlos Fávaro. Os países assinaram acordos com o Brasil pela preservação da Amazônia ainda em 2015 e, por isso, farão doações de, respectivamente, 17 milhões e 23 milhões de Euros.

Segundo Taques, somente Mato Grosso e o Acre conseguiram cumprir as metas de redução de desmatamento para fazer jus ao recebimento dos valores. A expectativa de Carlos Fávaro, que também responde como secretário de Estado de Meio Ambiente, agora é renovar o acordo por mais 10 anos.

Renegociação de dívidas
Na Alemanha, Taques também terá reuniões com a diretoria do Banco Mundial para tentar renegociar dívidas. A principal delas é a que o Estado tinha com o governo federal e, durante a gestão Silval Barbosa (PMDB), vendeu para o Bank of America numa tentativa de aumentar a capacidade de investimentos em obras que seriam para a Copa do Mundo de 2014. 

“Os números mostram que se a gente conseguir renegociar essa dívida, abaixando os juros de 5% para 2% ao ano, nós podemos alongar o prazo de pagamento em mais 20 anos e, ainda assim, pagar menos do que pagaríamos até o final do contrato atual, que se encerra em 2022”, explicou o secretário de Estado de Fazenda, Gustavo Oliveira.

Somente nos três anos de seu governo, Taques afirma já ter pago US$ 230 milhões referentes a esse débito. “São quase R$ 600 milhões. Se nós tivéssemos esses R$ 600 milhões, não teríamos nenhuma dívida com a saúde e voltaríamos o pagamento dos servidores para o dia 30”, pontuou o governador.

Ainda de acordo com Gustavo Oliveira, o Banco Mundial também estaria interessado em ajudar o Governo do Estado a ajustar os gastos com a previdência – inclusive fazendo aportes financeiros – e investir dinheiro no programa Produzir, Conservar e Incluir (PCI), por meio do qual Mato Grosso conseguiu os 40 milhões de euros pela redução no desmatamento.

O valor, segundo o governador, deve ser investido na agricultura familiar, no meio ambiente e em trabalho e assistência social. Com isso, recursos próprios que iriam para essas secretarias devem ser remanejados para áreas prioritárias, como a saúde.

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