Ednilson Aguiar/O Livre
O ex-secretário-chefe da Casa Civil Paulo Taques recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar a liberdade. Preso no Centro de Custódia da Capital (CCC), Paulo é acusado de ser uma das principais lideranças no caso dos grampos telefônicos. O pedido de liberdade foi distribuído ao ministro Roberto Barroso no último dia 10.
Paulo Taques foi preso por decisão do desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, durante a deflagração da Operação Esdras – contra pessoas que supostamente tentavam obstruir as investigações do caso. O ex-secretário já havia sido preso em agosto por uma possível participação das interceptações telefônicas, também por decisão de Perri, mas conseguiu a liberdade no STJ naquele mesmo mês.
De acordo com as investigações, telefones de políticos, advogados, membros do judiciário, do Ministério Público Estadual e diversas outras autoridades e profissionais foram interceptados ilegalmente por policiais militares ligados à cúpula do governo do Estado. Números de uma ex-amante e uma secretária de Paulo Taques também foram incluídos de maneira irregular em investigações com as quais as vítimas não tinham relação.
Atualmente, o processo dos grampos se encontra sob relatoria do ministro Mauro Campbell Marques do Superior Tribunal de Justiça (STJ). No próprio STJ, o ex-secretário já havia tentado a liberdade, o que foi negado pelo ministro Ribeiro Dantas no último dia 06.
