Os partidos políticos são os principais responsáveis pelo financiamento das campanhas dos candidatos a prefeito de Cuiabá.
A legislação proíbe desde 2016 a contribuição de empresas privadas a candidatos a cargos eletivos. Por isso, em 2017 o Congresso Nacional aprovou o Fundo Especial de Financiamento de Campanha, que ficou popularmente conhecido como “Fundão”.
O cálculo de distribuição do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) das Eleições 2020 considera o número de representantes eleitos para a Câmara dos Deputados e para o Senado na última eleição, bem como o número de senadores filiados ao partido que, na data do pleito, estavam nos primeiros quatro anos de mandato.
Até o momento, a candidata Gisela Simona (PROS) é a mais favorecida com dinheiro dos partidos na disputa pela Prefeitura de Cuiabá.
Dos R$ 1,294 milhões arrecadados, 88,8% do montante vieram de agremiações. O PROS doou R$ 1 milhão e a direção nacional do PDT a quantia de R$ 150 mil.
Prefeito de Cuiabá e candidato à reeleição, Emanuel Pinheiro (MDB) tem 85,91% da campanha financiada pelos partidos. Dos R$ 734 mil arrecadados, a quantia de R$ 620 foi aplicada pelo diretório nacional do MDB e R$ 10 mil pela direção estadual do PDT.
O candidato do PSOL, Gilberto Lopes Filho, tem 83,76% de sua campanha financiada pelo próprio partido. Foi recebida a quantia de R$ 46 mil de um total de R$ 55 mil arrecadado.
Candidato pelo PT, o ex-juiz Julier Sebastião da Silva recebeu R$ 387 mil do partido, única quantia declarada como arrecadação até o momento.
Na busca pelo terceiro mandato, o candidato Roberto França (Patriota) recebeu R$ 200 mil da direção nacional do DEM, partido que integra seu arco de alianças, o que representa 69,74% do total arrecadado que é de R$ 286 mil.
Um dos menos favorecidos pelos partidos políticos é o vereador e candidato a prefeito Abílio Brunini, que recebeu R$ 80 mil do próprio partido, o Podemos, o que representa 22,69% do total arrecadado de R$ 352 mil.
O candidato Aécio Rodrigues também figura como minoritário, pois recebeu apenas R$ 30 mil do próprio partido, o PSL.
O candidato do partido NOVO, Paulo Henrique Grando, é o único que não recebeu dinheiro do fundo partidário, seguindo a diretriz nacional do NOVO que é contra a utilização de recursos públicos para a campanha eleitoral.