Política

Pantanal: produtores querem que dinheiro aplicado por eles no combate aos incêndios seja ressarcido

Representante do Sindicato Rural de Poconé disse que proprietários rurais contratam máquinas, e pagam operadores e brigadistas para cumprir uma obrigação do poder público

3 minutos de leitura
Pantanal: produtores querem que dinheiro aplicado por eles no combate aos incêndios seja ressarcido

O Sindicato Rural de Poconé participou da reunião organizada pela Comissão de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Recursos Minerais da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para debater sobre o incêndio que atinge o Parque Encontro das Águas, no Pantanal Mato-grossense. Na ocasião, o sindicato apresentou três proposta para sanar o problema.

A primeira foi a criação de um projeto que garanta o ressarcimento dos valores investidos pelos produtores rurais e ribeirinhos no combate às chamas; As demais foram a celeridade da aprovação dos projetos de limpeza de pastagens em tramitação na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e investimentos na construção e manutenção de estradas.

O encontro aconteceu na terça-feira da semana passada (24), na AL, e a advogada Daniela Campos foi a representante do sindicato. Segundo ela, toda a região se mobilizou para o combate. Ela relatou que os bombeiros realizam os trabalhos de forma criteriosa. Contudo, não conseguem chegar aos focos de calor porque não existem estradas de acesso. E, quando elas estão lá, estão intransitáveis.

Outro ponto defendido pela advogada foi a criação de uma lei para ressarcimento dos valores gastos por produtores rurais e ribeirinhos no combate ao fogo. Os moradores da região aplicam recursos no aluguel de maquinários, óleo diesel, operadores de máquina e alimentação e pouso para as equipes. Contudo, não há ressarcimento do dinheiro.

“Temos casos de pessoas que gastaram os recursos reservados para limpeza de pastagens e outras ações necessárias nas propriedades, sendo que algumas têm apenas criação de subsistência. Valores que fazem falta em uma região empobrecida, como a do Pantanal atualmente. Além do que, a obrigação de apagar o fogo é do governo. Os pantaneiros vão continuar ajudando, no entanto, a compensação seria um incentivo”, argumenta.

Limpeza de pastagens

Para concluir a fala, a representante do sindicato apontou a limpeza de pastagens como um recurso para reduzir os incêndios. Ela explicou que o processo tira o material lenhoso, que vira combustível em caso de incêndio florestal.

Porém, esclarece a advogada, a ação preventiva precisa de uma autorização de Sema. Sendo que, o documento tem um processo moroso e burocrático de expedição, o que dificulta a criação de animais no local e ainda favorece a proliferação do fogo.

O incêndio no parque do Pantanal

O incêndio no parque começou no começo do mês e desde então é acompanhado e combatido pelos bombeiros, brigadistas e produtores rurais. O avanço das chamas preocupa políticos e ambientalistas, mas o comandante do Corpo de Bombeiros assegurou que o que é possível fazer, está sendo feito.

O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Alexandre Borges, afirmou que as causas do fogo foram descargas atmosféricas e é resultado de uma situação de aquecimento global e mudanças climáticas. Segundo ele, os militares e moradores da região fazem o possível para combater as chamas, mas os locais atingidos são inacessíveis.

LEIA TAMBÉM:

(Com informações da Assessoria)

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes