Queridinhos pela população, os panetones, que simbolizam a aproximação do final de ano, entraram em cena ainda mais cedo neste ano. Entre estratégias de mercado e a paixão nacional, os produtos trazem boas expectativas para representantes de distribuidoras e varejistas, que esperam aumento de até 15% nas vendas. Até mesmo confeiteiros especializados e autônomos já começaram a apostar no produto.
Por ser característico do final de ano, o panetone é uma aposta positiva para os mercados. Para atrair ainda mais os consumidores, os fabricantes adotaram estratégias como novos sabores e evitar elevar o custo do produto. Manter o preço do produto, aliás, também é a estratégia adotada por revendedores.
Para o gerente comercial da SE Distribuidora, Ângelo Leite, a expectativa para as vendas começou já na antecipação da chegada do produto às prateleiras. Neste ano, o produto chegou em meados de setembro, enquanto, no ano passado, chegou ao mercado já na última semana do mês.
Na distribuidora, que atende 131 municípios de Mato Grosso e trabalha com as marcas Bauducco, Visconti e Tommy, a expectativa de crescimento em relação ao ano passado é de 10% a 15%.
[featured_paragraph]Segundo o gerente, devem ser vendidas em torno de 13 mil caixas do produto. “As caixas podem variar o número de panetones. Tem caixa com 8 a 18 unidades, depende também do tamanho da embalagem, se é de 400 gramas, 500, 750”, explicou.[/featured_paragraph]
Conforme Ângelo, a expectativa da empresa é de que as vendas do produto supere R$ 3 milhões. Para ele, o “gostinho de quero-mais” e o momento do Natal contribuem com o volume de vendas.
“Tem o sabor do produto, a qualidade, e por não ser comercializado o ano todo, tem o aguardar. Tem gente que aguarda o panetone chegar, então o entendimento que a gente tem é de que quanto mais a gente antecipar, a gente dá a oportunidade para quem gosta de consumir o produto já tê-lo o quanto antes e, de uma certa forma, trazer o Natal para dentro das lojas”, disse.
“Tem o sabor do produto, e, por a gente não comercializar o ano todo, tem o aguardar do chegar, e ele faz parte e remete ao período de Natal”
Quem também não vai esperar dezembro chegar para começar a produção de panetones é a confeiteira Carolina Proença, que faz produtos artesanais. Desde o início de outubro ela já apostou no marketing dos panetones trufados para atiçar os seguidores nas redes sociais. Os produtos são feitos a base de encomenda e começam a ser entregues no dia 1º de novembro.
Trabalhando com panetones há três anos, Carolina contou que monta o calendário com base no mercado. Isto é, quando os produtos começam a chegar nas prateleiras, ela também já se prepara para as confecções.
Ofertando panetones artesanais, com sabes como paçoca, doce de leite, limão, Ninho com Nutella, Ninho, trufado e brigadeiro, ela tem diferentes tamanhos, com valores entre R$ 25 e R$50. Ela também aposta na entrega do produto, sem taxa adicional, para agradar os clientes.
Para ela, o produto também traz um gostinho especial. A confeiteira acredita que o panetone tenha caído no gosto da população devido ao grande número de descentes de italianos no Brasil, uma vez que a iguaria tem origem no país europeu.
Além disso, Carolina cita a versatilidade e acessibilidade do doce para justificar a popularidade da sobremesa. “Assim como você encontra panetone de R$ 100 você também encontra de R$ 20, de R$10, então acho que por isso ele também é bem aceito entre os clientes”, completou.