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Pai e filho são presos por suspeita de fraudar o DPVAT

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Pai e filho são presos por suspeita de fraudar o DPVAT

Dois homens, pai e filho, foram presos em Várzea Grande por suspeita de fraudes envolvendo o seguro DPVAT (Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres). As prisões ocorreram na Operação Escamoteio, deflagrada pela Delegacia de Defesa do Consumidor.

Os dois são investigados em pelo menos 25 inquéritos policiais pela prática de crimes de estelionato, falsificação de documento público, falsificação de documento particular, falsidade ideológica e uso de documento falso.

Segundo informações da polícia, a fraude funcionava da seguinte forma: a dupla falsificava documentos, inserindo nomes, dados pessoais e endereços falsos de terceiros e históricos clínicos. Depois, os suspeitos abriam contas em bancos em nome de laranjas ou usavam contas de amigos para o recebimento do seguro. As contas bancárias eram movimentadas por meio de procurações.

Segundo o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), as três coberturas do DPVAT têm os seguintes valores: pleitos de natureza morte R$ 13.500,00; Pleitos natureza invalidez até R$ 13.500,00; Pleitos de DAMS – despesas médicas até R$ 2.700,00.

As prisões

Foram presos Valtemir Gomes de Araújo, 48 anos, e seu filho, Valtemir Gomes de Araújo Filho, 27. Segundo a polícia, os endereços deles e dos laranjas, utilizados nas procurações, eram os mesmos: Rua Pernambuco, 405, bairro CPA II. No local, a polícia diz que não encontrou ninguém que os conhecesse.

 

Casos

Um dos inquéritos, instaurado em 19 de março de 2014, confirmou indícios de fraudes no requerimento do seguro DPVAT para uma pessoa que supostamente sofreu um acidente e ficou inválida. O pedido de indenização, datado de 15 de janeiro do ano de 2012, foi formulado administrativamente, em tese, por uma pessoa de nome de Edilson Camilo, para cobertura da invalidez a ele ocasionada, em acidente ocorrido no dia 17 de maio de 2009, no município de Peixoto de Azevedo (691 km ao Norte).

Em auditoria realizada a pedido da Seguradora Líder, foi comprovado que o boletim de ocorrência do acidente de trânsito foi fraudado, pois não estava assentado no Batalhão da PM de Peixoto de Azevedo, muito menos o soldado que assinava, sendo que este nunca teria pertencido ao quadro ao efetivo do batalhão.

Também foi fraudada a Declaração Negativa de Atendimento Médico Hospitalar, expedida em 28 de maio de 2013 pelo Hospital Municipal de Peixoto de Azevedo. O documento não constava no sistema de informação da unidade hospitalar.

O médico que assina o laudo médico também não fazia parte corpo clínico daquela unidade de saúde. Outro ponto da fraude se referia à agência bancária para pagamento da indenização, localizada em município diferente de onde o acidente teria ocorrido e da cidade de residência da vítima.

 

 

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