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“O sucesso do passado não garante nada no futuro”, afirma presidente do Grupo Atto

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“O sucesso do passado não garante nada no futuro”, afirma presidente do Grupo Atto
Foto: Assessoria CBA

A agricultura do amanhã se constrói agora, quebrando paradigmas e exigindo do produtor uma visão de negócio ampliada, para além do algodão. O presidente do Grupo Atto, Odílio Balbinotti e o futurista Tiago Mattos, encerraram as plenárias neste último dia do 12º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), mostrando aos mais de dois mil participantes, na manhã dessa quinta-feira (29), uma abordagem inovadora para a cultura algodoeira no Brasil.

“O sucesso do passado não garante nada no futuro. Hoje não pensamos somente em máquinas e implementos, mas também em processamento, transmissão de dados e armazenamento em nuvens. A agricultura digital chegou e temos que estar preparados para esta realidade”, afirma Balbinotti, presidente do Grupo Atto, que está no mercado há 40 anos produzindo sementes em Alto Garças, no Mato Grosso.

Segundo ele, a chegada da agricultura digital é fundamental para a manutenção da competitividade e o desenvolvimento de novas tecnologias, capazes de mudar paradigmas na agricultura brasileira.

Foto: Assessoria CBA

Balbinotti acredita que o ambiente agro atual já está baseado na informação e se o volume de dados coletados em campo não for gerenciado adequadamente, de nada adiantam tantos avanços tecnológicos. “Até 2020, cerca de 50 bilhões de dados estarão conectados à Internet. Quando chegarmos a 2030 este número será de 1 trilhão”, informa o presidente do Grupo Atto, explicando que para colocar esses dados em prática e melhorar substancialmente a produção, cada empresa terá que analisar as informações por meio da gestão do conhecimento, utilizando todas as ferramentas tecnológicas disponíveis.

Entre elas, Balbinotti citou a telemetria, os sensores em implementos agrícolas, estações e radares meteorológicos, além da implantação de B.I (Business Intelligence) apropriados para cada fazenda. “As possibilidades são inimagináveis, mas, se não estivermos conectados a tudo isso, ficaremos para trás”.

Foto: Assessoria CBA

Neste cenário, o futurista Tiago Mattos que falou sobre a “Mudança de era e o pensamento digital”. Segundo ele, quem não pensa sobre o futuro só resolve o presente com as ferramentas do passado. “O que está mudando no mundo hoje, em qualquer área, pode impactar no mercado têxtil e, consequentemente, na produção de algodão”, avalia o estudioso, que trouxe cases de tecnologias inovadoras capazes de interferir no comportamento do consumidor, desde o pensamento, até a opção de compra do produto.

Para citar alguns exemplos, Mattos apresentou as roupas flexíveis que crescem junto com a pessoa, tecidos vivos e mais duráveis, impressão 3D reciclada e os humanos digitais. “Todas essas tecnologias impactam na nossa vida social e, portanto, na nossa maneira de consumir tudo, inclusive o algodão. Se a gente não olhar para fora do nicho, levamos um tiro sem saber de onde vem”.

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