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“Não vejo motivo para tanta festa”, diz Turin sobre áudio de Silvio Corrêa

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“Não vejo motivo para tanta festa”, diz Turin sobre áudio de Silvio Corrêa

Ednilson Aguiar/O Livre

Promotor Roberto Turin

O presidente da Associação Mato-grossense do Ministério Público (AMMP), promotor Roberto Turin, relativizou a possibilidade de anulação da colaboração premiada fechada por Silvio Cezar Correa Araújo, ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), com a Procuradoria-Geral da República (PGR).

“A gente viu que, desde a divulgação do áudio, houve muito chororô de um lado e rojões de outro. Era o Joesley [Batista] de Mato Grosso. Eu vou falar como cidadão, mas pelo que eu li até o momento não vejo motivo para tanta festa”, afirmou o promotor durante o programa Estúdio Livre, da Band MT, nesta terça-feira (26).

Uma conversa entre Silvio e o ex-secretário de Indústria e Comércio, Alan Zanatta, gravada em áudio, coloca em dúvida se foram entregues todas as informações e se o ex-chefe de gabinete teria revelado à Justiça todas as suas propriedades, o que é vedado em caso de delações.

“É claro que há um excesso de falatório [no áudio]. Mas em um momento ele [Silvio] fala que foi tudo gravado no mesmo dia, então não teria como estar fora de contexto. Em outro momento se diz que foi em um momento ruim, que não deveria ter aparecido naquela hora, mas então está se relacionando aos fatos e não a eventual edição da gravação”, complementou o promotor.

Foi Silvio quem gravou e entregou os vídeos que mostram deputados e ex-deputados recebendo maços de dinheiro que seriam relativos a um mensalinho da Assembleia Legislativa durante o governo Silval. A defesa do ex-deputado e atual prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (PMDB), filmado recebendo dinheiro, afirma que seria referente à contratação de pesquisas eleitorais por seu irmão, Marco Pólo Pinheiro.

A defesa ainda afirma que uma eventual anulação do acordo de colaboração poderia trazer prejuízos às provas entregues.

A tese é questionada por Turin. “A prova produzida, se não atacarem as provas e somente a pessoa, as provas continuam sendo válidas”, avaliou. Para ele, apenas os benefícios aos colaboradores poderiam ser revistos, caso fique comprovada a ocultação de provas e de patrimônio.

As defesas de Emanuel e Silvio entraram em conflito nesta terça. Emanuel pediu a anulação das delações de Silvio Correa e de Silval Barbosa. Enquanto isso, a defesa de Silvio afirma que o prefeito adulterou o áudio em conluio com Alan Zanatta e pediu a prisão de Emanuel Pinheiro. A PGR analisa o caso.

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