O volume de animais abatidos em Mato Grosso, neste ano, cresceu 9,87% ante 2017, quando 4,53 milhões de animais foram para o abate. O número foi o maior registrado nos últimos quatro anos, totalizando 4,97 milhões de animais.
Na avaliação do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), neste ano, o pecuarista pôde observar “um panorama mais tranquilo, com os indicadores de oferta e demanda da bovinocultura mais alinhados, o que facilitou a análise do mercado”. Cenário que não ocorreu em 2017, quando o setor viveu “um dos anos mais voláteis da história da bovinocultura de corte”.
De acordo com o Imea, mesmo com a pressão da oferta sobre as cotações, a demanda interna conseguiu absorver essa produção de proteína bovina, e o preço médio anual do boi gordo de Mato Grosso variou positivamente 5,13% no comparativo anual.
Além disso, a recuperação da economia brasileira foi de extrema importância para essa valorização do boi gordo, visto que “as exportações mato-grossenses não tiveram um bom desempenho, com o volume de carne bovina enviado para fora do país recuando 0,21% neste ano”, pontua o boletim semanal do Imea.
Diante disto, 2018 destaca-se como um ano em que a oferta passou por um processo de expansão na bovinocultura de corte, justificada pelo atual momento do ciclo pecuário, no entanto, esse crescimento da produção foi superado pelo consumo interno.