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Moradores se unem, reformam centros comunitários e recebem festa para 4 mil pessoas

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Moradores se unem, reformam centros comunitários e recebem festa para 4 mil pessoas

Os bairros de Poconé receberam neste mês a programação cultural do Aldeia Pantanal das Artes em espaços que foram reformados pelos próprios moradores. Eles se uniram para limpar, pintar, trocar telhas, portas e janelas dos centros comunitários para, depois, se divertirem com as apresentações. Realizado pelo Sesc Poconé, durante nove dias, o festival atendeu cerca de 4 mil pessoas com peças de teatro, shows e oficinas realizadas nos bairros, escolas e na própria unidade.

O presidente do bairro Bom Pastor, Nilson Xavier dos Santos conta que até entrar no centro comunitário foi difícil. “Tinha muito mato, pois o centro comunitário estava abandonado há uns oito anos. Com diversos parceiros, conseguimos fazer as melhorias e o Sesc Poconé movimentou a comunidade. Foi muito bom o Aldeia vir aos bairros para as pessoas conhecerem mais o que o Sesc Poconé oferece. As crianças foram as que mais adoraram as apresentações”, declara.

Para Odiney Valdino dos Santos, presidente do Jurumirim, o Aldeia revolucionou o bairro ao resgatar a cultura local. “Recebemos as atividades de braços abertos. Fazia tempo que não tínhamos algo no bairro e o Aldeia trouxe essa oportunidade. As pessoas gostaram e queriam mais. Foi gratificante. O tema “Solte seu grito” veio em excelente momento para ouvir os moradores”, avalia.

Durante o Aldeia, a estudante Ana Maria Muniz Leite, 16 anos pode soltar seu grito e transmitir sua aflição social no debate entre jovens. “Como participei de quase todas as edições da Aldeia tenho um ponto de vista suficientemente desenvolvido para festivais de teatro. Posso afirmar que foi incrível receber artistas e ver o público interagindo em debates relacionados à cidade”, disse.

O pequeno Joel Arruda Filho, 8 anos, mostrou seu talento durante as apresentações do 5º Pocobraking. “Achei legal porque gosto de dançar. Tentei uns passos novos que vi na internet e quero aprender mais”. A mãe dele, Brizída dos Santos, 32 anos, conta que a dança é uma ótima forma do filho gastar energia e sempre o incentiva. “Aqui no Sesc Poconé ele também faz artes marciais, joga bola, participa da orquestra e faz aula de violão, tudo gratuito. Antes dele fazer todas estas atividades era ligado no 440 volts e, agora, ele está no 220 volts, mais calmo e até mais concentrado”, completa.

As aulas da professora de dança, Aline Fauth, atraiu mulheres interessadas em aprender stiletto. Segundo ela, a oficina foi uma oportunidade de empoderar mulheres, por meio de uma dança sensual. “Assim, elas podem elevar a autoestima e fortalecer o que realmente é essencial na beleza da mulher, pois todas as belezas são lindas e devem ser elevadas a sua máxima potência”, ressalta.

De acordo com a analista de cultura do Sesc Pantanal, Poliana Queiroz, o principal diferencial do festival neste ano foi a parceria com a população. “A participação demonstra que a população poconeana consome e valoriza a arte local, regional e nacional”.

Aldeia Pantanal das Artes
O Aldeia Pantanal das Artes faz parte do Palco Giratório, evento nacional de cultura do Sesc que percorre todo o país e está na sua 9ª edição em Poconé. Com o tema “Solte seu grito”, o evento uniu, durante nove dias, artes cênicas, audiovisual, literatura, música e cultura popular para despertar nas pessoas a vontade de compartilhar o grito do corpo, da cidade, dos sonhos e da natureza. O evento contou também com a parceria da Prefeitura de Poconé, que disponibilizou transporte às escolas agendadas.

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