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Médico online é o futuro da saúde? Pesquisa mostra como três cidades evoluíram na pandemia

Pesquisadores acreditam que resultados são um sinal de que uma política pública nesse sentido deveria ser pensada

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Médico online é o futuro da saúde? Pesquisa mostra como três cidades evoluíram na pandemia
Imagem ilustrativa (Reprodução / Freepik)

Tele atendimentos médicos com o uso de inteligência artificial (IA) ajudaram a reduzir a sobrecarga do sistema de saúde durante a pandemia de covid-19. A conclusão é de um grupo de pesquisadores do Instituto Laura Fressatto (de Curitiba), da PUCPR, e da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP).

Eles analisaram o uso de uma plataforma de telessaúde em três cidades brasileiras durante a pandemia: Curitiba, São Bernardo do Campo e Catanduva. Os resultados da pesquisa foram divulgados nesta quinta-feira (17), na revista científica “Frontiers in Digital Health”.

Os pesquisadores detectaram que, ao interagir com a plataforma de chatbot – que faz atendimentos por meio de respostas automáticas – quase metade (45%) dos mais de 24 mil pacientes atendidos foram classificados com sintomas leves. Cerca de 30% foram diagnosticados com sintomas moderados e apenas 14,2% foram apontados como casos graves de covid-19.

Dessa forma, o acesso ao sistema de saúde passa a aconteceu de maneira coordenada, apenas para alguns casos em específico.

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) é a principal fonte de atendimento para 75% da população, portanto previa-se uma saturação do sistema com o aumento contínuo de casos”, contextualiza Adriano Massuda, pesquisador da FGV EAESP e um dos autores do estudo.

“O uso de inteligência artificial (IA) permitiu capacitar os atendimentos de telessaúde a ajudar a resolver esse gargalo, priorizando a recomendação de buscar um hospital apenas nos casos mais graves”, analisa Massuda.

Política nacional

Os autores concluem que a implementação de plataformas de telessaúde com base em IA pode aumentar o acesso dos pacientes aos atendimentos de maneira segura, especialmente diante de uma situação tão inédita quanto a pandemia de covid-19.

“No entanto, para que tais atendimentos sejam bem sucedidos, é crucial que as plataformas possam se adaptar a necessidades locais, o que deve incluir a possibilidade de fazer alterações na árvore de decisão dos algoritmos dos chatbots”, pondera Hugo Morales, do Instituto Laura Fressato.

Com base nos resultados do estudo, a recomendação dos autores é apostar em uma política nacional de transformação digital de saúde, que possa guiar e melhorar a adoção de tecnologias inovadoras, como os chatbots de atendimento, a nível municipal.

(Da Agência Bori)

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