A direção estadual do MDB tem atenuado a conflito com o diretório de Cuiabá, sobre ter um candidato a prefeito a Cuiabá. O presidente Carlos Bezerra disse que a divisão em alas é uma característica do partido, sugerindo que a situação não preocupa.
“O MDB nasceu assim, cresceu assim e vai morrer assim, e a força do partido está nisso”, afirmou.
Membros da direção dizem que pretendem apoiar o deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil), enquanto o diretório local tenta articular uma candidatura própria. O nome da vez é o deputado estadual Juca do Guaraná. O problema é que uma eventual campanha do MDB pode ter uma ala do próprio partido contra.
Bezerra mitigou o impacto da situação em Cuiabá ao dizer que o partido teria condição de aumentar a quantidade de prefeitos eleitos neste ano e chegar ao posto de maior grupo político com mandatos.
Eles já estão pensando em 2026, quando serão eleitos novos governador, senadores e deputados. Bezerra disse que o MDB quer a sucessão de Mauro Mendes.
“O governo Mauro Mendes está indo bem, apoiamos ele, mas queremos uma coisa nova. Vamos crescer aqui no estado, fazer o Senado e se brincar até o governo. Vamos ter um candidato para isso. O estado está precisando de uma revirada”, disse.
A eleição deste ano pode funcionar como uma preparação para 2026. O maior número de eleitos para prefeituras e câmaras significará mais aliados daqui 2 anos. O União Brasil é outro partido que está na mesma direção.
O MDB vai querer conter o desgaste em Cuiabá para evitar uma frustração na próxima eleição geral. Por isso, o conflito interno é tratado como quase sem importância.