Ednilson Aguiar/O Livre
Deputado licenciado e secretário da Setas, Max Russi diz ser possível reconciliação com Valtenir Pereira
O deputado federal Valtenir Pereira (PSB) começou a buscar as principais lideranças do partido na tentativa de amenizar a crise instalada com sua volta à presidência. Na tarde de quinta-feira (22), ele se reuniu com o deputado estadual licenciado e secretário de Trabalho e Assistência Social, Max Russi, que afirmou ser possível uma reconciliação.
“Nós não vamos sair do partido, ninguém vai sair do partido. Só se não tiver jeito. Se lá na frente os projetos forem diferentes, aí tudo bem”, disse Russi ao LIVRE. “Não sou inimigo do Valtenir. No passado a gente fez política junto. Mas não sou sozinho no partido”.
Valtenir presidiu o PSB entre 2007 e 2013, tendo se desvinculado da sigla por conflitos com o grupo liderado por Mauro Mendes, ex-prefeito de Cuiabá. Na próxima segunda-feira (26), os deputados, prefeitos e vereadores do PSB se reúnem em Cuiabá para definir o futuro da sigla com o novo presidente – que não deve estar presente na reunião.
O deputado federal estava no PMDB até 14 de junho, quando foi anunciado seu retorno ao PSB e, por determinação da diretório nacional, ao comando da sigla no Estado. A manobra irritou a base: depois que Fábio Garcia foi destituído por votar contra uma orientação do partido na Câmara dos Deputados, as principais lideranças esperavam que Mauro Mendes assumisse a presidência .
“Foi de cima para baixo, sem conversar com as bases”, avaliou Russi. “Valtenir entende que não foi a melhor maneira, mas a forma que ele encontrou foi essa, e ele quer conciliar tudo”.
Para conseguir se consolidar na condução do partido, Valtenir Pereira terá de apaziguar as diferenças com a bancada formada por dois deputados federais, quatro deputados estaduais, além de prefeitos de cidades relevantes como Primavera do Leste, Campo Verde e Juara. “A dificuldade nesse momento é conseguir conversar com todos esses atores políticos do PSB”, constatou Russi. A princípio, os rumos do partido na base da gestão Pedro Taques (PSDB) não devem mudar, estando “100%” ao lado do governo do Estado, segundo o secretário.
