Ednilson Aguiar/O Livre
Promotor Mauro Zaque:
O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou um inquérito para investigar convênios feitos entre a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e a Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faespe). A investigação se baseia em uma auditoria realizada pela Controladoria-Geral do Estado (CGE), que foi encaminhada pelo controlador-geral Ciro Rodolpho Gonçalves.
O inquérito será conduzido pelo promotor Mauro Zaque de Jesus, da 11ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, que determinou a abertura do inquérito em portaria publicada no último dia 11 de outubro.
De acordo com o promotor, o relatório da auditoria encaminhado por Ciro Rodolpho ainda não traz elementos suficientes para imputar possíveis improbidades cometidas pela Unemat.
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), ligado ao MPE, deflagrou a Operação Convescote em junho deste ano. Os investigadores identificaram diversas irregularidades em contratos da Faespe com entes públicos como a Assembleia Legislativa, a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a prefeitura de Rondonópolis.
Contratos de prestação de serviços, principalmente de consultoria, foram firmados entre a Faespe e os entes públicos. De acordo com denúncia do MPE, os valores retornaram a pessoas ligadas à fundação por meio de empresas de fachada, que lavavam o dinheiro.
Notas frias seriam emitidas como forma de dar ares de legalidade às transações entre as empresas e instituição. Ao menos R$ 3 milhões teriam sido desviados entre 2015 e 2016, de acordo com o Gaeco.