Senadores de Mato Grosso vão tentar alterar a regra, inclusa no projeto da reforma tributária, que muda o local de cobrança de imposto. O objetivo é reduzir a perda de arrecadação a partir de 2033, quando a receita dos estados se concentrará no consumo.
“Nos preocupa muito ainda a reforma. Conseguimos um avanço importante que foi garantir o Fethab (Fundo Estadual de Transporte e Habitação), mas a reforma como todo ainda coloca Mato Grosso como um dos maiores perdedores. Por que? Somos um estado produtor, com pouco consumo, perderemos toda a receita com produção e partir de 2033 será apenas no consumo”, afirmou o governador Mauro Mendes.
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Mauro Mendes tem agenda marcada com políticos em Brasília na próxima semana, para voltar a discutir as regras do novo sistema de tributos. A transferência da cobrança do imposto do local de produção para o de consumo é um dos principais pontos.
A perda de receita que Mato Grosso pode sentir foi mostrada pelo economista Guilherme Mercês, num evento para empresários na Fecomércio (Federação de Comércio de Bens, Serviços, Consumo e Turismo) em Cuiabá, no começo da semana.
Ele apresentou proporções do dinheiro que Mato Grosso arrecada nos dois ramos econômicos hoje. O estado fica com 11% de tudo que é arrecadado da produção do agronegócio, proporcionalmente ao país. A proporção para o consumo gira em torno de 2% da receita nacional.
“Eu vou tentar fazer algumas interações para defender os pontos de Mato Grosso. Embora exista um fundo de compensação, ele será insuficiente. As pessoas precisam enxergar isso. Estão fazendo política como se não existisse o amanhã, como se 2033 não fosse chegar”, comentou o governador.
