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Mauro é contra usar verba do Pronto-Socorro na saúde estadual

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Mauro é contra usar verba do Pronto-Socorro na saúde estadual

Tchelo Figueiredo/Ascom-CBA

obra pronto socorro

 Novo Pronto-Socorro foi uma das promessas de campanha de Mauro

O ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB) se colocou contra com a proposta do governador Pedro Taques (PSDB) de usar na saúde estadual os R$ 80 milhões que estão destinados ao novo Pronto Socorro da capital. Tratam-se de recursos federais de emendas parlamentares, que foram incluídos no Orçamento Geral da União (OGU) 2017 para equipar o novo hospital.

“Eu sempre usei como filosofia de trabalho o fato de que, se você tem um problema resolvido, não pode mexer nele desde que resolva outro grande problema”, comentou. “Eu acho que R$ 80 milhões hoje na saúde de Mato Grosso não resolve o problema nem de um mês. E entendo que R$ 80 milhões resolve o problema para equipar todo o Pronto Socorro”, defende.

O novo Pronto Socorro de Cuiabá, no bairro do Ribeirão do Lipa, foi a principal promessa da campanha de Mauro Mendes em 2012. A obra foi novamente prometida na campanha eleitoral de Taques em 2014 e só teve início em julho de 2015. O prazo inicial para conclusão era janeiro de 2017, mas foi prorrogado por diversas vezes. Atualmente, a previsão é entregar o hospital em 2018. Mendes deixou a prefeitura em dezembro de 2016.

“Acho que R$ 80 milhões na saúde de Mato Grosso não resolve o problema nem de
um mês. E entendo que
R$ 80 milhões resolve o problema para equipar todo
o Pronto Socorro”

A obra foi contratada por R$ 77 milhões, sendo R$ 50,7 milhões de responsabilidade do governo do Estado e o restante do município. Os repasses estão atrasados e a obra segue em ritmo lento.

Desfalque
Para o ex-prefeito, além de não resolver o problema do custeio da saúde no estado, o desvio da finalidade do recurso poderá deixar o novo Pronto Socorro desfalcado. “Esse recurso serve para colocar equipamentos modernos para que aquele belíssimo hospital possa em 2018 já estar em operação. Se você tira o dinheiro, certamente isso não vai acontecer”, afirma.

Ele descarta a proposta de o recurso ser reposto pelo governo estadual no ano que vem, quando o hospital deverá ficar pronto. Segundo Mendes, é preciso ao menos um ano para fazer uma licitação e receber os equipamentos. “Se você não começar agora, com esse recurso, não vai ficar pronto para 2018”, afirma.

Emenda federal
Uma das propostas em debate é que o governo estadual use o recurso agora e depois reponha, quando chegar o momento de equipar o Pronto Socorro. Outra proposta é que a bancada novamente destine recursos para o hospital da capital no Orçamento Geral da União (OGU) 2018.

O governador pretende injetar esse recurso no custeio das unidades de saúde e, para isso, chegou a reunir bancada federal em Brasília para pedir que mudassem a destinação da emenda. A dívida do governo estadual com as unidades de saúde chegou a R$ 162 milhões no mês passado e vem sendo quitada gradativamente.

Apesar das críticas do ex-prefeito, o atual gestor, Emanuel Pinheiro (PMDB), demonstrou boa vontade com a proposta de Taques – desde que a capital receba boa parte do montante na distribuição do bolo, entre R$ 40 milhões e R$ 50 milhões, e os equipamentos do Pronto Socorro sejam garantidos ao final da obra. A bancada federal, por sua vez, está dividida entre os que são contra e a favor de ceder os recursos para o governo estadual.

 

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