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Marcha das mulheres organiza “dia sem mulher” nos EUA

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Marcha das mulheres organiza “dia sem mulher” nos EUA

Mulheres dos Estados Unidos decidiram faltar ao trabalho, fechar a carteira e vestir vermelho em passeatas em todo o país nesta quarta-feira, para dar uma mostra de sua força econômica e social como parte das celebrações do Dia Internacional da Mulher. O “Dia sem mulher” é o primeiro grande ato organizado pelo grupo Marcha das Mulheres desde os protestos que aconteceram no final de semana da posse do presidente Donald Trump, quando milhões de mulheres ocuparam as ruas de diversas cidades contra a misoginia, a desigualdade e a opressão.

No mundo, as demonstrações se reproduziram em menor escala. Na Suécia, a equipe feminina de futebol trocou seus nomes nas costas pelo de mulheres suecas “que lutaram pela igualdade” no país. A Finlândia anunciou um prêmio internacional para incentivar a igualdade de gênero. Passeatas também foram registradas em cidades como Tóquio e Madri.

Nos EUA, a porta-voz da marcha das mulheres, Cassady Findlay, afirmou que o “Dia sem mulher” foi inspirado no “Dia sem imigrante”, que aconteceu no mês passado em protesto contra o decreto anti-imigração do presidente Trump. Segundo ela, a ação procura salientar a importância das mulheres no sistema socioeconômico nacional e também como as mulheres, sendo elas empregadas ou não fora de casa, mantém os lares, comunidades e economias funcionando. “Nós provemos tudo isso e mantemos o sistema rodando, mas recebemos menos benefícios por isso”, notou.

Nesta quarta-feira, Trump utilizou seu perfil no Twitter e pediu que seus seguidores se juntassem a ele “para honrar o importante papel das mulheres” nos EUA e ao redor do mundo. Ele afirmou também ter “tremendo respeito pelas mulheres e pelos muitos papéis que elas assumem, que são vitais para o tecido da nossa sociedade e economia.”

Em Nova York, organizadores planejam um encontro no Central Park. Manifestações também devem acontecer na Filadélfia, Baltimore, Washington e Berkeley. Algumas empresas e instituições afirmaram que terão que fechar para o dia ou dar folga a suas funcionárias. Escolas públicas em cidades dos Estados de Maryland, Virginia e Carolina do Norte também cancelaram aulas em antecipação ao evento.

De acordo com o censo norte-americano, as mulheres correspondem a mais de 47% da força de trabalho e são dominantes em profissões como enfermagem, assistente de dentista, caixas, contabilidade e farmácia. Elas também são um terço dos médicos e cirurgiões, advogados e juízes. Cerca de 55% dos estudantes universitários no país são mulheres. Ainda assim, elas recebem menos que os homens do país. Em média, ganham US$ 0,80 para cada dólar recebido pelos homens. A renda média feminina foi de US$ 40.742 em 2015, contra US$ 51.212 para os homens. Fonte: Associated Press.

(Com Agência Estado)

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