Ednilson Aguiar/O Livre
Primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) afirmou desconhecer a existência de um “mensalinho” supostamente pago a parlamentares que apoiavam projetos do governo durante as gestões Blairo Maggi (PP) e Silval Barbosa (PMDB).
Os pagamentos teriam sido revelados por Silval num acordo de delação premiada que ainda não foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Dono de uma cadeira no Parlamento estadual desde 2006, ano em que o hoje ministro da Agricultura foi reeleito governador, Maluf pontuou acreditar na existência de “acordos políticos”, como a oferta de cargos para deputados ou a promessa de liberação de emendas parlamentares, “o que é diferente de mensalinho”, destacou.
Especificamente sobre a gestão Silval, Maluf afirmou que o ex-governador frequentava pouco a Assembleia Legislativa e que seu “parceiro” no Parlamento era o ex-deputado estadual José Riva.
Na época, era Riva quem ocupava cargo na Mesa Diretora da Assembleia. Ele próprio já afirmou a existência de pagamentos ilícitos para deputados neste período. Maluf chegou ao cargo de presidente do Parlamento – função que exerceu até o ano passado – somente em 2015, quando teve início a gestão Pedro Taques (PSDB).
“Mas é como eu tenho dito: as pessoas estão falando muito para se salvar. Vamos ver as provas que ele tem para apresentar contra os deputados”, criticou Maluf.
