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Maluf defende convênio “guarda-chuva” com a Faespe

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Maluf defende convênio “guarda-chuva” com a Faespe

Ednilson Aguiar/O Livre

Deputado Guilherme Maluf

Deputado Guilherme Maluf estava na presidência da Assembleia Legislativa quando foi firmado o convênio com a Faespe

O deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) defendeu a contratação da Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público (Faespe) pela Assembleia Legislativa, ocorrida sob a gestão dele na presidência da Casa e que resultou no pagamento de R$ 56 milhões em um ano e meio de convênio. Maluf afirmou que a instituição atuou como um “guarda-chuva” e prestou diversos serviços, fazendo subcontratações para isso.

“Precisamos entender que foram feitos muitos investimentos graças a esse guarda-chuva chamado Faespe”, declarou. “Esses investimentos da Faespe nortearam toda a atualização da gestão da Assembleia. São diversos projetos: pagamentos das CPIs, compatibilização da legislação, auditoria de folha, protocolos de gerenciamento de todos os processos que tramitam aqui dentro. A Assembleia de Mato Grosso passou de 22ª para 6ª em transparência”, listou.

O convênio foi firmado em agosto de 2015 para atender às Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI). “Só no pagamento das CPIs foram valores expressivos pagos via Faespe”, disse, acrescentando que não se lembrava do valor exato.

Segundo Maluf, a Faespe licitou e contratou diversos projetos para a Assembleia. Essa terceirização da terceirização permitiu que diversos serviços fossem prestados. O tucano promete mostrar onde foram aplicados os recursos. “Não era só contratação de pessoal. A Faespe que licitava essas empresas”, disse.

Empresas fantasmas
A Faespe é investigada na Operação Convescote por suspeita de contratar empresas fantasmas e desviar dinheiro de convênios que firmava com o poder público. A operação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) na terça-feira (20). 

O ex-presidente da Assembleia afirmou que já esperava que houvesse uma investigação sobre isso, de modo que interrompeu a execução do contrato e mandou auditá-lo. “Pode ter coisa errada. Queremos que seja investigado. Acredito que não seja só a Assembleia. Tem vários órgãos públicos envolvidos nisso.”

A Faespe ainda cobra o recebimento de R$ 17 milhões da Assembleia, além dos R$ 56 milhões já pagos, mas Maluf acredita que esse valor está errado e que a dívida está em torno de R$ 7 milhões. “Todos os contratos da Faespe estão sendo auditados. A Assembleia reconhece parte da dívida, mas não toda a dívida. Enquanto a gente não reconhece o que foi feito e o que foi pago, não pode encerrar o convênio. Por isso, ele está suspenso”, disse.

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