Não foi dessa vez que o Brasil conseguiu conquistar o inédito Oscar para o nosso Cinema. O documentário de Petra Costa, Democracia em Vertigem, perdeu na categoria para o forte American Factory, apontado como favorito desde sua indicação.
Ao longo de toda a história da premiação mais famosa do Cinema, o Brasil conquistou sete indicações em produções inteiramente nacionais.
1. O Pagador de Promessas
A primeira ocorreu em 1963 com O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte, que já havia ganhado a Palma de Ouro no Festival de Cannes. Ele disputou a categoria de Melhor Filme Estrangeiro, mas o francês Sempre aos Domingos foi quem levou o prêmio.
2. O Quartilho
Depois de um longo hiato, tivemos em 1996 uma nova chance com O Quatrilho, um romance dramático de época estrelando Patricia Pillar. Dessa vez, foi a Holanda, com A Excêntrica Família de Antônia, que tirou o Oscar do Brasil.
3. O que é isso, companheiro?
Felizmente, não tivemos que esperar por quase 40 anos novamente. Em 1998, o filme O Que é Isso, Companheiro? conquistou uma indicação na disputada categoria. O longa, que trazia relatos sobre os atentados da guerrilha de esquerda durante a Ditadura Militar, perdeu o prêmio para Caráter, filme belga de drama familiar.
4. Cidade de Deus
2004 foi o ano mais generoso do Oscar com o Brasil. A febre mundial causada por Cidade de Deus também atingiu a academia de Cinema e o filme conquistou quatro indicações: Melhor Diretor, Montagem, Roteiro Adaptado e Fotografia.
Entretanto, quanto mais indicações, maior é a decepção. Cidade de Deus voltou para casa sem conquistar um troféu sequer naquela noite.
5. O Menino e o Mundo
Por último, em termos de longas-metragens, a penúltima chance do Brasil de faturar um Oscar foi em 2016, com a animação O Menino e o Mundo.
Na verdade, as chances eram praticamente nulas de ganhar o prêmio. O Brasil viu Divertida Mente, da Pixar, levar a estatueta daquele ano, então, só a indicação já foi, digamos que, uma vitória.
Extra. Central do Brasil
Muitos leitores familiarizados com o nosso Cinema podem estar se perguntando: “mas e Central do Brasil?”. De fato, o filme foi indicado, mas ele não é uma produção 100% nacional como os outros filmes mencionados nessa lista.
Mesmo assim, só pelo brilhantismo de Fernanda Montenegro já valeria a pena assistir.
Entre co-produções, o Brasil teve chances com Lixo Extraordinário, O Beijo da Mulher-Aranha, O Sal da Terra e Central do Brasil.