Pré-candidato ao Senado e líder do PSDB na Câmara Federal, o deputado Nilson Leitão defendeu a necessidade de correções no sistema capitalista brasileiro, a começar pela taxação das grandes fortunas, a fim de assegurar o equilíbrio financeiro do país.
Em entrevista ao Estúdio Livre nesta quinta-feira (07), o parlamentar afirmou que irá apresentar proposta de criação de taxas a serem pagas por cidadãos com alto poder aquisitivo, cujo montante será destinando a um fundo para financiamento, por exemplo, do Sistema Único de Saúde (SUS) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
“Não dá para uma pessoa que anda num carro de R$ 300 mil se acidentar e ficar 30 dias numa UTI do SUS porque não quer gastar R$ 150 mil. O SUS é universal, mas não aguenta mais. Vai tirar dinheiro dele? Não, mas que ele pague uma tabela percentual para criar um fundo para atender o pobre que não tem dinheiro nenhum e não vai ter a vaga, pois ela está sendo ocupada pelo cara que tem dinheiro”, explicou.
O deputado também citou o exemplo das universidades públicas, nas quais grande parte dos estudantes é proveniente de escola particular. “Você vai proibir o filho do rico de entrar na universidade pública? Não, mas se ele pagaria R$ 8 mil naquela mesmo curso na privada, por que não pode colaborar com um montante que sirva para financiar o Fies para que não saia do Tesouro?”, questionou.
Para Leitão, com essas medidas seria possível dar início ao fim do desequilíbrio financeiros enfrentado pelo país. “Fazendo essa conjunção e taxando as grandes fortunas, que o brasil tem dificuldade de fazer, começamos a criar o equilíbrio financeiro até sair do sufoco. Depois você pode voltar ao que era. Com dinheiro sobrando, tem direito”.
Além disso, o parlamentar também falou sobre a proposta de enxugamento da máquina pública nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, nas esferas federal, estadual e municipal. “A Câmara dos Deputados precisa dar o seu exemplo e, nesse sentido, o PSDB quer dar a sua contribuição. Estamos debruçados sobre essas questões para apresentar sugestões de medidas que reduzam os gastos públicos e o peso do Estado sobre os brasileiros”.
