O deputado estadual eleito Júlio Campos (União Brasil) articula uma chapa para concorrer à presidência da Assembleia Legislativa. Ele diz iniciar a corrida com uma margem de oito votos, mais da metade dos 13 necessários para conseguir a eleição.
A entrada de Júlio na disputa pode mudar o cenário, que hoje está a favor do primeiro-secretário Max Russi (PSB). Eduardo Botelho (União Brasil) continua como o fiel da balança na liderança de um grupo de 14 deputados, que haviam acordado levá-lo à reeleição, antes da desistência.
A participação de Botelho e Júlio no mesmo partido pode ser o fator a desequilibrar a concorrência. O União Brasil terá quatro representantes na Assembleia Legislativa a partir de 2023 e manter o comando agradaria o governador Mauro Mendes (União Brasil).
“O acordo do Botelho hoje é com o Max Russi, mas é possível, se o Júlio realmente entrar na disputa, que o Botelho faça um acordo com ele. Eu estou no grupo de Botelho desde o início [do atual mandato] e não vou deixá-lo agora”, disse a vice-presidente da AL, Janaína Riva (MDB).
O partido da deputada estadual será outro grupo com quatro cadeiras na Assembleia no próximo ano e que hoje faz parte da base de Mauro Mendes, o que já somam oito parlamentares. PSB também terá o mesmo número de representantes, mas ficaria do lado mais fraco da corda.
Max Russi disse ontem (1º) ter acordos com 15 deputados pela sua candidatura à presidência, com a presença de Botelho na chapa como primeiro-secretário. Ele não esteve no jantar em que Botelho anunciou a sua saída da disputa.
A eleição da Mesa Diretora deve ser realizada no início de fevereiro. Os candidatos têm 60 dias para articular suas candidaturas.