O juiz eleitoral Carlos José Rondon Luz manteve a cassação da prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos (DEM), do vice-prefeito José Hazama e do presidente da Câmara, Chico Curvo (PSD). Ele rejeitou o recurso da defesa, em decisão nesta terça-feira (10). No dia 2, o mesmo magistrado cassou os diplomas e mandatos dos três, por suposta compra de votos.
O magistrado negou os embargos de declaração apresentados pelos advogados dos três cassados e de Eduardo Abelaira Vizotto, ex-presidente do Departamento de Água e Esgoto (DAE). Esse tipo de recurso é utilizado para requerer ao magistrado que proferiu determinada decisão que a esclareça nos seus pontos obscuros, ou a complete, em caso de omissão, e ainda corrija ou elimine eventuais contradições que possam existir.
O juiz julgou os pedidos em conjunto, afirmando que não viu qualquer omissão, contradição, obscuridade ou erro na sua decisão. Ele afirmou que novos embargos serão vistos como uma tentativa de atrasar o processo.
A ação de investigação judicial eleitoral que resultou na cassação da prefeita foi movida pelo candidato derrotado Pery Taborelli (PSC). Taborelli apresentou o vídeo de uma reunião que, segundo ele, demonstra o uso da máquina pública para conseguir votos, por meio de promessas de poços, asfalto e caminhão-pipa feitas por Chico Curvo e por Vizotto, então na presidência do DAE.
A defesa de Lucimar negou qualquer ato de compra de votos ou benefícios em troca de votos. Afirmaram, ainda, que a campanha foi transparente e legal, e que as contas foram aprovadas sem ressalvas. Os advogados disseram, ainda, que a sentença não afasta a prefeita do exercício das suas funções.
