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Na denúncia divulgada na quarta-feira, o jornal O Globo afirma que uma das tratativas de Joesley Batista, dono da JBS, com o presidente Michel Temer visava resolver um impasse da empresa. O escândalo respinga na usina termelétrica EPE, em Cuiabá, adquirida pelo grupo em 2015.
Segundo o jornal, Batista foi aconselhado por Temer a procurar o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), próximo ao presidente.
Depois, gravou a conversa com o parlamentar.
O empresário queria a interferência de Loures no Conselho de (Cade), que deveria decidir o preço do gás que a Petrobras compra da Bolívia e revende à EPE.
A reportagem, assinada pelo colunista Lauro Jardim, diz que o deputado telefonou para o presidente do Cade, Gilvandro Araújo, na presença de Joesley, e pediu a resolução do problema.
Em seguida, o empresário teria oferecido a Loures uma propina de 5%, e o parlamentar teria concordado.
Em um novo encontro, informa a denúncia publicada, o deputado e Ricardo Saud, diretor da JBS e delator, combinam uma propina de R$ 500 mil por semana, durante o tempo em que vigoraria o contrato da termelétrica: 20 anos.
Loures disse, segundo o jornal, que levaria a proposta de pagamento a alguém acima dele. Saud faz menções ao “presidente”. Posteriormente, houve uma entrega de dinheiro, que foi filmada pela Polícia Federal.