Um dia depois das manifestações anti-democráticas em Brasília, o cenário de guerra permanece: prédios públicos destruídos na Capital federal e destroços daquela foi a manifestação mais violenta na história recente do país.
Os protestos começaram na tarde de ontem (8), quando manifestantes conseguiram furar o bloqueio policial e alcançar o Palácio do Planalto. Em seguida, o quebra-quebra se instaurou nos principais órgãos públicos de Brasília. A polícia e até a Guarda Nacional precisaram ser acionadas.
Posicionamento de Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) condenou os atos de violência e depredação cometido pelos manifestantes.
Também repudiou a manifestação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que apontou Bolsonaro como uma espécie de “mentor intelectual” dos atos cometidos em Brasília.
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Intervenção federal
No momento da invasão ao Palácio do Planalto, Lula estava em São Paulo. O presidente viajou para verificar os estragos feitos pela chuva. Quando soube das manifestações, assinou um decreto de intervenção federal no governo de Brasília.
O petista culpou o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), e a Polícia Militar pelo incidente. Prometeu que os responsáveis serão punidos.
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“Houve incompetência, má vontade ou má-fé das pessoas que cuidam da segurança pública do DF. Não é a primeira vez. Vocês vão ver nas imagens, os policiais guiando as pessoas na caminhada até a praça dos Três Poderes”, disse Lula.
Governador afastado
Ainda na noite de ontem, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu afastar o governador do Distrito Federal do cargo. Ibaneis Rocha (MDB) não pode exercer suas funções por 90 dias.
Em seguida, Ibaneis gravou um vídeo. Pediu desculpas ao presidente Lula e aos membros do STF.
1,2 mil presos
Até a manhã de hoje (9), ao menos 1,2 mil pessoas já haviam sido detidas pela polícia do Distrito Federal em decorrência das manifestações em Brasília.
Pelo menos 300 delas foram presas em flagrante, ainda durante o quebra-quebra.