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Incêndios florestais: propostas dos pantaneiros serão avaliadas pelo Comitê de Gestão do Fogo

Coronel diz que sugestões serão uniformizadas e fazem parte da união de forças em prol do bem comum

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Incêndios florestais: propostas dos pantaneiros serão avaliadas pelo Comitê de Gestão do Fogo

A segunda reunião para elaboração do plano de prevenção de incêndios florestais no Pantanal Mato-grossense integrou os Guardiões do Pantanal, Sindicato Rural de Poconé, Sesc Pantanal, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) e Polícia Ambiental. Os principais temas discutidos foram a formação de brigadistas, a melhoria na estrutura organizacional e a logística para situações de emergência.

O coronel do Corpo de Bombeiros Dércio Santos da Silva explicou durante o encontro convocado pelos Bombeiros, realizado na quinta-feira (21), que o governo do Estado está na fase de coleta de propostas, que serão todas avaliadas e uniformizadas pelo Comitê de Gestão do Fogo e, em seguida, encaminhadas para as Pastas responsáveis.

Por enquanto, segundo coronel Dércio, não existe um valor estipulado para as ações que envolvem as fases de prevenção, preparação (capacitação dos agentes), resposta e responsabilização. Porém, as perspectivas são otimistas.

Conforme a agenda do governo, no final da próxima semana, as secretarias vão apresentar o Plano Plurianual e, nele, já serão contempladas algumas ações. No caso da Sema, exemplifica o coronel, haverá a demanda pela locação de viaturas e áreas para os militares operacionalizarem as etapas do trabalho.

“Foi uma reunião de governo que contou com os órgãos responsáveis diretamente – Sema, Sesp e Casa Civil – e convidamos alguns agentes para que eles pudessem participar com propostas. Todas as sugestões foram de muito valor, porque buscam a uniformidade e a integração de forças em busca do bem comum”, finalizou o coronel.

Para o presidente do Sindicato Rural de Poconé e integrante do grupo Guardiões do Pantanal, Raul Santos Costa Neto, a oportunidade dada pelo Estado, de participação dos pantaneiros no processo, é de suma importância para evitar a tragédia vivenciada pela região durante os incêndios florestais de 2020, que consumiram 2,3 milhões de hectares na região.

“Nossa preocupação imediata é com a capacitação de brigadistas. No ano passado sentimos muita falta desta qualificação e queremos habilitar pessoas para atuar no enfrentamento caso ele seja necessário. Também queremos agir de forma mais organizada, otimizando os recursos financeiros e humanos, para conseguirmos mais eficiência”, afirmou Raul Santos.

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A união faz a força

A superintendente do Sesc Pantanal, Christiane Caetano, explica que há 23 anos o Sesc faz o planejamento prévio para o combate de incêndios durante a estiagem e tem a sua própria equipe de brigadistas, além de funcionários treinados em diversos setores. Contudo, a complexidade da situação vivida no ano passado mostrou ser essencial uma maior integração com o governo, moradores e entidades locais.

De acordo com a superintendente, o Sesc, que está presente desde a primeira reunião, quer participar das tratativas, contribuir no que for necessários e atuar em ações organizadas. Vale lembrar que durante os incêndios florestais do ano passado, o Sesc abrigou em sua área o centro de Coordenação da Operação de Combate ao Fogo.

1º Encontro

Na quinta-feira (13), houve uma primeira reunião de alinhamento que integrou a Defesa Civil do Estado e do Município, Sesc Pantanal, prefeitura de Poconé, Sindicato Rural de Poconé e Guardiões do Pantanal. Nela, foram avaliadas algumas ações realizadas no ano passado e iniciada a construção das propostas que seriam apresentadas ao governo do Estado.

Guardiões do Pantanal

Os Guardiões são um grupo formado por integrantes das cadeias produtivas do Pantanal Mato-grossense. Eles se uniram após o desastre ambiental das queimadas, vivido em 2020, e pretendem realizar e apoiar ações que contemplem o desenvolvimento sustentável da região e a valorização da cultura pantaneira.

Também irão acompanhar e cobrar mudanças na legislação e a implantação dos projetos de infraestrutura que auxiliem a sobrevivência e evitem que a região seja consumida pelo fogo.

(Com informações da Assessoria)

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