A greve dos funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), que ja dura mais de 70 dias, está prejudicando o combate ao desmatamento ilegal e penalizando o setor produtivo do país, além de atrasar o andamento de obras públicas.
O alerta foi feito pelo senador Jayme Campos (União-MT), em pronunciamento da tribuna do Senado, quando pediu ao Governo solução imediata para pôr fim a paralisação.
Jayme Campos destacou o risco que a economia nacional vem enfrentando diante da greve, já que as exportações estão sendo duramente atingidas. A greve dos trabalhadores da área ambiental começou no mês de janeiro e, de lá para cá, segundo o senador, “vem deixando parte da indústria de mãos atadas”, visto que a estrutura desses órgãos está muito aquém do necessário.
“Muitos pedidos estão sendo feitos e cancelados devido à demora na liberação das cargas nos nossos portos. Segundo levantamento das montadoras brasileiras, atualmente, 30 mil veículos importados estão parados nos pátios, aguardando a liberação dos documentos pelo Ibama” – ele relatou.
Antes mesmo da decretação da greve, já eram visíveis os prejuízos causados a economia e ao setor florestal.
Os servidores da área ambiental reivindicam novo plano de carreira, aumento de salário e melhores condições de trabalho para o setor. Cerca de 90% dos trabalhadores de campo aderiram à mobilização e os demais agora se concentram apenas nas atividades burocráticas internas.
Para Jayme Campos, trata-se de “uma situação preocupante”. E tal quadro, além de penalizar o setor produtivo nacional, “mancha a imagem do Brasil em torno de uma agenda de mudanças climáticas”.
Em seu discurso, o senador mato-grossense foi taxativo ao destacar que “no conjunto da obra” a sociedade brasileira é quem será a grande afetada com a paralisação.
(Com Assessoria)