Assessoria FPA
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deve anunciar mudanças na vacinação contra a febre aftosa na próxima semana, informou nesta quarta-feira (26) o secretário de Defesa Agropecuária, Luis Eduardo Rangel. Ao lado do ministro Blairo Maggi, o secretário se reuniu com representantes do setor e os presidentes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Nilson Leitão, e da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), João Martins.
Entre as decisões programadas para a próxima semana está a retirada da saponina, substância que compõe a vacina contra a aftosa. “Precisamos saber, por exemplo, se há no mercado vacina sem saponina e ainda se há doses em quantidade suficiente”, explicou Rangel.
A retirada da substância, que é suspeita de ter causado abscessos nas carnes, já constava na lista que o presidente da FPA entregou ao ministério nesta quarta. Outros pedidos feitos pelas entidades foram a limitação da faixa etária da vacinação para animais de até 30 meses e o fim da obrigatoriedade da vacina para animais que serão abatidos em até 180 dias.
Frigoríficos
Na reunião, também foram discutidas saídas para a crise em toda a cadeia da carne. Entre as propostas, está a verticalização da linha de comando da inspeção nos frigoríficos, diminuindo o número de intermediários, e a adoção de um novo modelo mais moderno e eficiente de inspeção.
Sobre o tema, Maggi disse que estão sendo adotadas medidas para investigar desvios de conduta. Além disso, está sendo implantado um código de ética para os fiscais. “Não podemos jogar nosso sistema fora. Ele é bom e está auditado pelo mundo. É preciso aperfeiçoá-lo e dar mais transparência”, defendeu Maggi.
Também participaram da reunião representantes da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), do Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), cooperativas e Sindicato Nacional da Industria de Produtos para Saúde Animal (Sindan).
