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Ex-primeira-dama Roseli Barbosa e o ex-governador Silval Barbosa
O Governo do Estado abriu um procedimento administrativo para apurar a responsabilidade de três institutos em desvios cometidos na Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas) durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). Na Justiça, os crimes são investigados pelo Ministério Público Estadual (MPE) nas operações Arqueiro e Ouro de Tolo.
As empresas Instituto Concluir, Instituto de Desenvolvimento Humano (IDH) e Instituto de Desenvolvimento Profissional do Brasil (Indesp) firmaram contratos com a Setas enquanto a pasta era comandada pela ex-primeira-dama Roseli Barbosa. Os institutos passam a responder a um Processo Administrativo de Responsabilização.
De acordo com o MPE, deveriam ser prestados serviços em cursos de capacitação para a população. Contudo, as investigações começaram após a divulgação de erros grotescos em apostilas que estavam sendo utilizadas nos cursos de hotelaria e turismo promovidos pelo governo.
Em delação premiada fechada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), a ex-primeira-dama confirmou que eram cobrados entre 4% e 5% em propinas nos contratos firmados pela secretaria para utilização pelo grupo político de Silval.
De acordo com Roseli, o servidor Rodrigo de Marchi seria o responsável por operar a cobrança de propina junto a empresários, entre eles Paulo Lemes, dono do Concluir e do IDH.
Em todos os procedimentos os institutos terão direito a ampla defesa.