Mato Grosso

Funcionários do Hospital de Peixoto estão consternados com morte de bebê

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Funcionários do Hospital de Peixoto estão consternados com morte de bebê

A administradora do Hospital Regional de Peixoto de Azevedo (674 Km de Cuiabá), Veroní Pansera, declarou na tarde desta quinta-feira (29), com exclusividade ao site O Livre, que a equipe médica e de enfermagem da unidade estão totalmente consternados com a morte do recém-nascido Henry.

O bebê, nascido na última segunda-feira (26) com problemas respiratórios, foi transferido para a unidade, vindo da cidade de Guarantã do Norte (37 Km de Peixoto) e ficou certa de 12 horas sob o cuidado da equipe que manteve a respiração dele com um aparelho manual.

“Nós estamos totalmente transtornados com essa morte, nos empenhamos ao máximo para conseguir mantê-lo vivo, mas infelizmente não tínhamos as ferramentas necessárias e não conseguimos uma UTI Neonatal a tempo”, desabafou.

A administradora disse ainda que conseguiu um respirador mecânico emprestado de Guarantã, mas não houve tempo. “Nós temos desde 2016 recursos empenhados junto ao Governo do Estado para a compra de equipamentos, mas os recursos ainda não foram liberados, desta forma temos que continuar trabalhando dentro das nossas possibilidades. Cerca de 15 profissionais se revezaram o tempo todo para conseguir o atendimento, todos eles estão extremamente tristes”, ressaltou.

O caso veio à tona após o promotor de justiça da Comarca de Peixoto de Azevedo, Marcelo Montovani Beato divulgar uma nota desabafando sua indignação com o caso. “Faço uso do presente para, em via de desabafo, noticiar a Vossa Excelência um lamentável episódio”, escreveu o promotor.

Em ofício enviado ao procurador de Justiça Paulo Jorge Prado, Beato diz que o recém-nascido morreu na manhã desta quarta-feira (28) por de falta vaga em UTI Neonatal no Hospital Regional de Peixoto de Azevedo. O promotor pediu a vaga na Justiça, o judiciário deferiu, e o Estado simplesmente não atendeu a ordem judicial.

Hospital Regional
O Hospital Regional de Peixoto de Azevedo iniciou as atividades em 1997 sendo apenas uma unidade municipal. Em 2015 se tornou regional, atendendo 5 cidades, 47 aldeias indígenas e conta com 66 leitos.

“Além desta população, nós atendemos também muitas famílias vindas do Pará porque fazemos divisa”, explicou a administradora da unidade, Veroní Pansera.

Atualmente, o hospital passa pela sua primeira reforma desde a inauguração há 21 anos. Os recursos para a reforma de mais de R$ 2,7 milhões foram destinados pelo Ministério Público Estadual, Governo de Mato Grosso e Prefeitura Municipal de Peixoto.

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