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Fumaça toma conta de Cuiabá pela manhã

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Fumaça toma conta de Cuiabá pela manhã

Rodrigo Vargas / O Livre

Fumaça sobre Cuiabá

Parece neblina, mas a temperatura ambiente – às 6h da manhã os termômetros já registravam 28 graus centígrados – logo deixa claro que não. Cuiabá amanheceu sob uma forte camada de fumaça.

De acordo com a assessoria do Corpo de Bombeiros, ainda não é possível afirmar que a origem seja o incêndio florestal que atinge o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, mas esta é a hipótese mais forte.

A área de preservação tem registro de fogo fora de controle desde o último dia 25. Um dos incêndios chegou a ser extinto. Mas outro, ainda maior, nas proximidades da Rodovia Emanuel Pinheiro, que liga Chapada a Cuiabá, teve início dias depois.

Medidas simples, como o aceiramento (criação de uma faixa livre de vegetação) das margens de rodovias poderiam evitar o problema, de acordo com o doutor em Educação e Meio Ambiente e professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Romildo Gonçalves.

“Está comprovado que 60% dos incêndios em áreas assim têm início nas margens de vias públicas, como estradas”, afirma ele, destacando que a iniciativa precisa ocorrer antes do período de estiagem.

“Depois que o fogo está instalado em uma área de mata, não adianta gastar dinheiro público tentando combater. É preciso prevenir”, defende.

Outra medida de prevenção, segundo o professor, é o manejo do fogo, ou seja, a realização de queimadas controladas no período que vai de março até o fim da primeira quinzena de julho, quando a umidade do ar ainda é alta e os ventos são mais brandos.

“O que está morto é destruído e o que ainda está verde não sofre tanto impacto. Dessa forma, não fica vegetação seca acumulada para o período de estiagem”, explica. “Todo ano temos estiagem. Todo ano temos incêndios. Isso acontece porque não há planejamento”.

Áreas de preservação

Segundo dados do Corpo de Bombeiros, das cinco áreas de preservação florestal em Mato Grosso que no final de agosto continham focos de incêndio, duas ainda continuam queimando: Chapada dos Guimarães e a Serra do Parque Ricardo Franco, em Vila Bela da Santíssima Trindade.

No Parque Ricardo Franco, os fortes ventos têm dificultado o trabalho dos bombeiros. A estimativa é que quase 6 mil hectares, o equivalente a cerca de 4% do parque, já tenham sido destruídos.

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